segunda-feira, 28 de abril de 2008

Alckmin quer invocar Covas contra união Kassab-Quércia

Na FOLHA DE S.PAULO:

A semana promete começar quente no PSDB, com a pressão de alckmistas pela consolidação da candidatura própria e ataques à coligação DEM-PMDB. O ex-governador Geraldo Alckmin disse a aliados que pretende participar hoje de movimento organizado por militantes do partido em defesa de sua candidatura.
Apesar do cuidado para que o ato não seja caracterizado como um lançamento de campanha, Alckmin deve se colocar à disposição do partido. Segundo a Folha apurou, o governador José Serra ficou irritado ao saber que os alckmistas deverão reivindicar a oficialização da candidatura no dia 5, embora a data já tenha sido fixada pelo presidente municipal do partido, José Henrique Reis Lobo, em conversa com Alckmin.
Alckmin disse a interlocutores que vai explorar politicamente a adesão de Orestes Quércia à campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
A estratégia inclui a organização de um ato que reunirá tucanos históricos, críticos à aliança com o PMDB. A idéia é lembrar de confrontos entre tucanos históricos e o presidente estadual do PMDB para, no mínimo, constranger os kassabistas no partido.
O argumento dos alckmistas é de que a aliança com o DEM representaria a união com um dos principais desafetos de Mário Covas. Aliados de Alckmin, como o deputado Edson Aparecido, foram escalados. Ao defender aliança com o "bloquinho", o deputado alfineta. "Traria um ar de modernidade à política em São Paulo."
Em resposta, Kassab não descarta a possibilidade de lembrar que o próprio Alckmin procurou Quércia para uma composição eleitoral. Na madrugada de ontem, num jantar oferecido a jornalistas durante a Virada Cultural, Kassab ressaltou que o próprio PT compôs com Quércia para a eleição do presidente Lula.
Lembrando que essa aproximação está registrada em fotos, passíveis de uso em campanha, Kassab repetiu a frase quando um interlocutor disse que "o PT absolveu Quércia".
Enquanto Alckmin arregimento militantes para a reunião do dia 5, kassabistas investem em outro lance para inibir sua candidatura. O secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, ameaça brigar para que a decisão seja submetida a voto, convocando convenção. "Vamos tentar convencer Alckmin a desistir. A proposta para que seja candidato em 2010 é segura. Se ele não desistir, vamos para convenção. Não tem outro jeito."

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