quinta-feira, 29 de maio de 2008

Procurador pede ao Supremo investigação contra Paulinho

Na FOLHA DE S.PAULO:

O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu ontem abertura de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical.
O deputado tem foro privilegiado por exercer o mandato e, para ser judicialmente investigado, era necessário parecer da Procuradoria Geral da República. Também em razão do foro privilegiado, o processo de Paulinho deve tramitar no Supremo. "Encaminhei hoje [ontem] o pedido para aprofundar as investigações a respeito do suposto envolvimento do deputado no caso do BNDES", afirmou Antonio Fernando.
As denúncias contra Paulinho surgiram na Operação Santa Tereza da Polícia Federal que desarticulou em abril um grupo acusado de envolvimento com tráfico local e internacional de mulheres, exploração de atividade de prostituição e em fraudes em concessão de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Paulinho é apontado pela PF como um dos chefes do esquema. Ele nega as acusações. De acordo com o inquérito, ele e a ONG presidida por sua mulher, Elza Pereira, teriam sido beneficiados financeiramente. Para a PF, Paulinho recebeu cheque de R$ 18.397,50 e outra ordem de pagamento de R$ 82.162,93 referente a empréstimo às Lojas Marisa. A ONG Meu Guri, comandada por Elza, teria recebido um cheque de R$ 37 mil de João Pedro de Moura, ex-assessor de Paulinho na Força Sindical, e que foi indiciado pela Justiça paulista.
Além de Moura, também foram indiciados o empresário Marcos Mantovani, o advogado Ricardo Tosto, e o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB). Segunda-feira, o corregedor-geral da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE) deu parecer pela cassação de Paulinho por quebra de decoro.
No mesmo dia, o deputado pedetista afirmou que as denúncias são "armação política implacável", disse que provará sua inocência no Conselho de Ética e descartou a possibilidade de renunciar ao mandato.

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