sexta-feira, 29 de agosto de 2008

MST faz funcionários da Vale reféns por mais de 7h

No AMAZÔNIA:

Uma ação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) atingiu novamente a mineradora Vale, em Parauapebas, no sudeste do Pará. Um grupo de 30 funcionários de uma prestadora de serviços a uma empresa terceirizada da Vale foi mantido refém das 15 horas 22h35 de ontem, no assentamento Palmares II, comandado pelo MST no município. A ação do MST teria sido uma represália a um acidente com vítima entre um ônibus da empresa prestadora de serviços e uma moto ocupada por dois integrantes do movimento. Um deles morreu no acidente.
Segundo fontes, os integrantes do movimento esperaram o fechamento do turno de trabalho das 15 horas para abordar os funcionários. Eles interromperam uma estrada vicinal, lateral à Estrada de Ferro Carajás (EFC), usada pelos funcionários para voltarem para casa. O MST estaria exigindo a presença de um representante da empresa proprietária do ônibus envolvido no acidente para então liberar os funcionários. Somente dois dos reféns eram funcionários da Vale.
Segundo informe oficial da Vale, 'as causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil'. A empresa também afirma que 'lamenta profundamente o ocorrido, e reitera que não houve envolvimento de quaisquer de seus veículos no acidente. A estrada não pertence à Vale e nem é por ela mantida'.
Foi a quarta ação envolvendo o MST e a Vale este ano. Em março deste ano, integrantes do Movimento invadiram uma unidade de produção de carvão da mineradora e destruíram parte das instalações da Fazenda Monte Líbano, sede administrativa da operação florestal da Ferro Gusa Carajás (FGC) em Açailândia, no Maranhão. Eles bloquearam um trecho da rodovia Belém-Brasília em protesto contra a poluição na área. Em abril, o MST invadiu a Estrada de Ferro de Carajás, no Pará. Depois, nos dias 13 e 14 de maio, a Estrada de Ferro de Carajás foi bloqueada.

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