sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Americanos desconfiam da imprensa na cobertura eleitoral

Do Comunique-se

A cobertura da mídia nas eleições à presidência dos Estados Unidos não é vista com bons olhos pelos americanos. Eles desconfiam do noticiário, embora estejam conscientes de que a imprensa influencia no voto dos eleitores. Pesquisa realizada pela Universidade de Harvard e pelo Grupo Merriam River indica que 62% dos americanos desconfiam do trabalho da imprensa na disputa eleitoral e 82% sabem que ela tem “muita influência” na decisão final.
A desconfiança não mudou muito de um ano para cá, quando uma pesquisa similar mostrou que ela chegava a 64%. E ela vem, em parte, da cobertura “negativa” que os veículos de comunicação fazem - 42% acham que a cobertura negativa influencia seu voto contra um candidato, enquanto 28% acreditam que reportagens positivas têm o efeito contrário.
Segundo o levantamento, a mídia tem dado mais destaque a assuntos “triviais” (89%) e demonstra preconceitos políticos na cobertura eleitoral (77%).
A maioria (77%) vê a cobertura eleitoral como muito “esquerdista”, excessivamente “conservadora” ou “ambas” as coisas.
Quando questionados se os meios de comunicação merecem maior confiança na cobertura eleitoral, os entrevistados responderam que confiam nos canais de TV a cabo (39,5%), nos canais abertos (18,9%) e na imprensa escrita (10,6%).
A pesquisa ouviu 997 pessoas, das quais 11,7% disseram desconfiar ou não utilizar os meios de comunicação como fonte de informação sobre a disputa eleitoral.
O autor do levantamento, Seth Rosenthal, explicou que os americanos acreditam que enfrentam uma crise de liderança e que a eleição é muito importante para o futuro dos Estados Unidos.
“Em um momento em que os americanos exigem líderes melhores, sua desconfiança em relação à cobertura que a mídia faz da campanha presidencial é preocupante”, finalizou.
As informações são da Agência EFE.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lá, pelo menos, a imprensa é assumida, ou é republicana ou é democrata... Não fica nesse faz de contas da imprensa brasileira, que se afirma"imparcial".

E o pior: tem gente que acredita.