quarta-feira, 28 de abril de 2010

E agora, José? Ou melhor: e agora, PT?

Não se enganem.
Podem acreditar.
Acreditem piamente.
A emenda substitutiva apresentada pelo deputado Parsifal Pontes (leia na postagem acima), na sessão desta terça-feira, da Assembleia, foi urdida, foi engendrada (toma-te!), foi articulada, pensada e imaginada em instância acima, um pouco acima da liderança do PMDB no Legislativo.
O propósito da emenda é claro.
Aliás, é claríssimo, como dois e dois são quatro.
O propósito é deixar com o PT com o ônus de rejeitar, de se opor, de repudiar, de resistir à destinação de R$ 186 milhões aos municípios prevista no próprio projeto.
Aí, vejam só.
Se o PT e o governo se articularem para rejeitar o substitutivo peemedebista, terão de assumir o ônus político desgastante desse gesto junto aos 143 municípios do Estado.
Do contrário, se o PT e o governo aprovarem a proposta, ficarão com o PMDB, autor da iniciativa, os louros, a boa fama, o mérito de ter feita a proposta, pelo bem do Pará, pelo bem de seu povo e de sua gente (ohhhh!).
Tem mais: o substitutivo de Parsifal torna as verbas carimbadas, ou seja, uma vez aprovada a proposição, o governo do Estado não terá a faculdade de repassar ou não os recursos e muito menos poderá, a critério seu, definir o quantum para este ou aquele município.
Não.
Terá de repassar nos exatos valores aprovados pela Assembleia.
É assim.
Exatamente assim.

4 comentários:

Rita Helena Ferreira disse...

144, caríssimo.
Não esqueça Mojuí dos Campos, recém-nascido. Ainda não tem prefeito, mas já existe. :)

Anônimo disse...

Já existe mas não recebe... Não está legalmente constituido...

Anônimo disse...

Isso é pura canalhice. As prefeituras já foram aquinhoadas com recursos repassado a fundo perdido pelo governo federal. Aos estados, o Governo Lula disponibilizou o empréstimo via BNDES. E todas as casas legislativas aprovaram em todos os estados. Menos a nossa (Pará), é claro. Os prefeitos que defendem a aprovação do empréstimo sabem que os recursos serão aplicados em estradas que cortam dois a três municípios, recuperação de unidades de saúde, etc. Agora retalhar os recursos do governo estadual para mostrar força política é simplesmente imoral, pois não interessa onde os recursos serão aplicados, mas pura e demagógica divisão do bolo com os prefeitos. Esse Parsifal Pontes não legisla a fsvor do povo do Pará, mas do seu umbigo, do umbigão do seu partido. E o pior é que as ações desse tipo de parlamentar, que só faz futrica, ganham ressonância junto a setores da mídia que vivem criticando o partido dele e o seu chefe.

Anônimo disse...

E agora, PT? a festa acabou, ... E agora PT? PT para onde?