quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um olhar pela lente

A noite cai sobre o bairro do Umarizal.
A foto é Carlos Barretto, um dos ases do Flanar.

6 comentários:

Sílvia Sales disse...

Muito bonita a foto. Bateu uma saudade do Umarizal de antigamente. Hoje o bairro é o retrato do abandono. Lixo por toda parte, ruas e calçadas destruídas, barulho infernal dia e noite, e a violência que mete medo.
Nos últimos dois meses fui assaltada três vezes no Umarizal. Em um deles levei um corte no braço e sofri ameaça de sequestro do meu filho. Penso em mudar de bairro, mas pra onde vou se o retrato que pintei pra vocês não é diferente em outras áreas de Belém?

Anônimo disse...

Realmente o Umarizal está inviável para morar tamanha a violência que assolou o bairro.

Ana Carla Bendahan disse...

Silvia querida.

Que coisa horrível! Não temos paz em lugar nenhum. Aqui em Nazaré também ta um horror. Liga pra gente. Eu desisti. Só queres saber de trabalhar, trabalhar, dos teus discos e dos teus livros.
Queres bancar a durona e não avisa os amigos. Ficamos sabendo porque vimos a foto do Umarizal e lembramos de ti. È a tua cara. Chama a gente pra te dar um apoio. Carlos ficou super preocupado. Não sei como não tens medo de ficar nesse apartamento tão grande, só tu e o Caio. Tá bom de resolveres tua vida em Brasília, pelo menos tu paras de ficar nessa doidice de lá pra cá o tempo todo. Não precisas mais disso. Não dá pra aposentar e curtir os amigos de infância? Morremos de saudades, vou te ligar de novo. Carlos já reservou um pure malte só pra ti, minha linda. Fica com Deus.

Sílvia Sales disse...

Oi Aninha,

Então, foi horrível mesmo. Entreguei minha alma para que eles deixassem meu filho em paz. Não há nada mais absurdo que negociar com bandidos. Nunca me senti tão só, desprotegida. Enfim,.... meu filho tá bem e é isso que importa.
Sempre gostei muito de morar no Umarizal, mas o bairro está a cada dia mais violento. Realmente tenho muito medo. Acho que vou me mandar pra Aveiro, onde Raimundo queria tanto morar. Ele dizia que, depois de Santarém, era o melhor lugar pra se viver. Acho que ele tinha razão.
Quem sabe eu e o meu filho vamos em busca desse tantinho de paz lá em Aveiro? Vou precisar combinar com a Jamile que só sai de Brasília para voltar a morar na Austrália, pode? Essa menina é danada, viu? Igualzinha a mãe (rssss). A gente bem que podia agendar uma viagem até Melbourne. Vocês vão adorar.
E olha só, vou reproduzir o que o Pinto repetia pra mim feito mantra: jornalista não se aposenta, morre. Ele sempre tinha razão.
E outra coisa: não me tenta com esse puro malte.
Beijo maior do mundo pra você e pro Carlos. Também morro de saudades da gente varando a madrugada. Tempos bons, hein? Eu tô me cuidando. Xá comigo.

Carlos Barretto  disse...

Ops! Obrigado, PB!

Poster disse...

O blog esclarece que recusou cinco comentários mandados para esta caixinha, porque as manifestações neles contidas tinham cunho eminente, essencialmente e fortememente pessoais, com menções, inclusive, a terceiras, quartas e quintas pessoas.
Manifestações dessa natureza escapam ao objetivo do blog, que é o de acolher nas caixinhas debates de interesse público, que interessam, portanto, a todos os leitores.
Há, todavia, um motivo tão ou meis relevante que esse para justificar esse critério que o blog tem usado há algum tempo.
O motivo se volta a preservar a privacidade das pessoas, cujas vidas privadas, por serem evidentemente privadas, interessam apenas e tao somente a cada um.
O blog passou a adotar esse critério a partir de precedente em que três amigos - um deles do interior de São Paulo - passaram a trocar mensagens numa caixinha de postagem. Cerca de um mês depois, o poster tomou conhecimento, através de um deles, que as mensagens foram capturadas - sabe-se lá por quem - e estavam sendo exploradas e difundidas de forma maliciosa na internet, o que obrigou o blog a excluir todos os comentários que haviam sido anteriormente acolhidos.
Assim, e com o propósito de preservar a vida pessoal de cada um, é que comentários de cunho pessoal têm sido recusados.
Mas o Espaço Aberto, como sempre, continua aberto para o debate sobre assuntos de interesse público.
O blog agradece a compreensão de todos.