quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mexer no vespeiro da Sema não será fácil

De um Anônimo, sobre a postagem Teresa Cativo, a xerifa do governo Jatene:

A meu ver a Teresa Cativo é um bom nome, mas será um mal começo para o governo Jatene querer fazer uma devassa na Sema ou ficar no discurso da herança maldita. As irregularidades havidas devem ser combatidas e os responsáveis punidos pelos órgãos responsáveis, como a polícia e o Judiciário, e a nova gestão deve contribuir com as informações necessárias.
Mas o próprio governo aprofundar esta questão levará a uma inevitável paralisação na liberação de novas livenças e na paralisação do setor florestal, que tem grande importância econômica. Seria o começo do fim do governo Jatene impor uma crise no abastecimento das indústrias novamente, repetindo o mesmo erro do governo Ana Júlia.
Acabar ou reduzir as irregularidades para níveis aceitáveis - se é que existem - deve ser uma busca da nova gestão e algumas medidas simples podem contribuir com isso. Mas uma redução drástica na liberação der planos de manejo agora seria ruim para o setor, para o governo e aumentaria as irregularidades.
A corrupção foi institucionalizada na Sema nos últimos anos e seria muito difícil encontrar uma empresa que não teve que se submeter ao pagamento de propinas para ter seus projetos liberados. Mexer neste vespeiro não é fácil pois faltaria cadeia para todos os empresários envolvidos, dado o tamanho do esquema.
Melhor seria o governo Jatene deixar o governo de Ana Júlia ser sepultado definitivamente e estabelecer políticas eficientes para tortnar a Sema modelo de gestão, deixando um setor fundamental para o estado trabalhar, na legalidade, com geração de emprego e renda e respeito ao meio ambiente.

2 comentários:

Anônimo disse...

PB, mudando de assunto, você já percebeu o nº de contratos que a SEAD está fazendo no fim de governo para concessão de empréstimos consignados. Verifique no diário oficial, só hoje tem 3 , fora o que já foi concedido antes das eleições. Quando a Ana Júlia assumiu o governo. A questão de consignados na folha de pagamento do estado estava uma zorra total, tinha todo tipo de Assossiação cobrando juros exorbitantes. A governadora, prá ser boazinha com os funcionários públicos e mostrar seriedade, determinou que somente o Banpará faria consignado, com juros baixissímos. Agora, ao apagar das luzes, voltou tudo como dantes, no quartel de abrantes e quem se beneficia com essas benevolencias da SEAD?

Anônimo disse...

Discordo totalmente do anonimo das 7:55 ao dizer que "a corrupção foi institucionalizada na SEMA nos últimos anos". Deve se referir aos planos de manejo das madereiras, onde uma equipe de funcionarios terceirizados analisam os requerimentos. A SEMA assumiu essas atividades que são da competencia da União mediante convenio com o IBAMA, sem ter a minima condição de absorver essa responsabilidade, inclusive sem espaço fisico para ampliação da equipe e instalação das unidades administrativas.

A SEMA amplia suas atividades mas precisa que o governo lhe dê condições de executá-las. A SEMA não trata somente dos planos de manejo dos madeireiros. Poderia até rescindir o convenio e devolver para o IBAMA essa atividade. O espectro de áreas em que a SEMA atua é amplo, vai do licenciamento ambiental em todas as áreas e de todos os projetos, passando por planos de manejo para industria madeireira, recursos hídricos, monitoramento ambiental da costa atlântica, combate as desmatamento, etc.

O certo é que temos que repensar a exploração florestal, buscando mecanismos de controle de florestas avançados a semelhança do que existe em paises tecnologicamente mais desenvolvidos.

A "industria" madeireira é altamente destrutiva da floresta. Se deixá-la livre a floresta amazonica desaparece em pouco tempo. É uma "industria" nômade, esgotados os recursos florestais (madeira comercial)em uma área mudam-se para outra, deixando para tras a degradação, possivelmente a formação de pastos. Os capixabas, baianos, paranaenses, catarinenses, entre outros, fizeram isso com a Mata Atlantica. Esgotados os recursos, vieram para o Pará e Maranhão. No Pará, se instalaram em Paragominas, Tomé-Açu e Tailandia e sul do Estado. Exploraram tudo, deixando pasto. Migraram para a Transamazonica, mas especificamente Pacajás, Altamira, Medicilandia, Uruará, Portel, Breves, Prainha, Almerim e BR 163. Agora, estão migrando para o Estado do Amazonas. O exemplo vivo e humano dessa saga é o futuro secretario de projetos especiais, Sidney Rosa, madeireiro de Paragominas cuja familia migrou do Espirito Santo para o Pará. Por sinal, excelente lider e administrador.

O madeireiro pela natureza de suas atividades é um criminoso. É humanamente impossível no Estado do Pará, sem infra-estrutura e condições de trabalho, o madeireiro não cometer crime ambiental. O crime está
entranhado na atividade ambiental dos madeireiros. É preciso que eles entendam isso.

A historia é longa. Vou parar. Só queria mesmo defender os técnicos da SEMA. Eles não merecem passar por tanta desventura. Não sou da SEMA mas quero desagravar os funcionarios na pessoa da jovem geologa Aline Meguins, mestre e doutora pela USP, que com seu conhecimento e trabalho engrandecem o corpo funcional da SEMA. Poderia estar em Brasilia no Ministerio do Meio Ambiente ou no exterior em um organismo internacional, mas está aqui na SEMA fazendo seu trabalho de formiguinha, construindo silenciosamente, juntamente com seus colegas, um meio ambiente melhor para nossos filhos.

Os conflitos de interesses de madeireiros e meio ambiente mal resolvidos pelo Governo do Estado e União não podem contaminar a reputação moral dos funcionarios da SEMA.