quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Duciomar, o nosso Midas. Mosqueiro que o diga.

Olhem só.
Quem pensa que dotô Duciomar, nosso huno, limita as suas razias, as suas devastações a esta terra de Santa Maria de Belém do Grão-Pará está muito enganado.
Enganadíssimo.
Como também está enganadíssimo quem imagina que Duciomar, aquele cara que dorme o sono dos justos, tornou apenas a cidade de Belém uma Duciolândia.
Não.
Ducimar é um Midas às avessas.
Midas, o da mitologia grega, transformava em ouro tudo em que tocava.
Midas, o nosso falso Midas, transforma em Duciolândia tudo aquilo que ele gere, que ele administra.
Mosqueiro, por exemplo.
É um distrito.
É administrado por nosso Midas.
Tornou-se uma Duciolândia.
Querem ver?
Leiam o texto abaixo.
Foi mandato ao blog por um leitor.
É da lavra do professor Eduardo Brandão.
Confiram.

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Caros amigos,
Todos sabem o carinho que tenho com Mosqueiro, não é por acaso que optei por morar neste lugar. Inconformado com tanta incompetência e irresponsabilidade resolvi, colocar por escrito um depoimento que reflete o meu sentimento nesse momento. Conto com o apoio de vocês repassando o texto abaixo.
Porque 2011 e 2012 precisam passar rápido em Mosqueiro.
Com a passagem de um ano para outro costumamos fazer uma reflexão sobre o que passou e o que virá. Para nós, em Mosqueiro, o resultado desta reflexão em nada é animador. Um conjunto de desmandos, omissões e desatinos das últimas administrações formou um cenário que vem provocando um grande desalento para moradores, empresários e visitantes, principalmente aqueles que nutrem um sentimento responsável pelo futuro de um lugar que vem encantando gerações. Não é por acaso que presenciamos a mobilização de muitos para eleger Mosqueiro uma das 7 Maravilhas do Pará.
Sabemos que no seio de nossa sociedade existem diversas pessoas que só querem tirar proveito dos valores que um lugar oferece e quase nada fazem para retribuir o que recebem de bom. Costumo chamar esses indivíduos de cidadãos gafanhotos; depois de destruir a folhagem de um vegetal, partem para outro e desta forma se transformam em verdadeira praga, acreditem, uma praga humana. Porém, é na administração pública, onde pagamos os salários de indivíduos para promover o bem comum, que enfrentamos nossos maiores problemas.
Numa região, como o Norte do Brasil, onde o percentual de domicílios atendidos por sistema de tratamento de esgoto dificilmente ultrapassa 5%, Mosqueiro está perdendo a oportunidade de ter mais de 60% de seus domicílios com seus esgotos tratados. Tudo porque a atual administração, alegando problemas na execução da obra na administração anterior, abandonou os mais de 10 milhões de reais investidos pelo cidadão contribuinte. As bombas das estações elevatórias foram danificadas, roubadas e nenhuma manutenção foi dada. O resultado é a rede afogada e as casas que se ligaram nos sistemas enfrentando o refluxo. Para justificar tal fato, os agentes públicos divulgam que a tubulação utilizada foi subdimensionada, quando sabemos que tudo não passa de uma estratégiapara atingir a administração anterior que também teve as suas falhas.
Com a aprovação do novo Plano Diretor de Belém, áreas de Mosqueiro foram definidas como de interesse a preservação. Contrariando este dispositivo, a administração municipal vem autorizando o funcionamento daatividade de exploração de areia em áreas que deveriam estar protegidas. Estudo realizado pela UFRA aponta a atividade mineradora (areia, barro e pedra) como responsável por mais de 80% do desmatamento em Mosqueiro, contrariando a tese de que os assentamentos rurais é que mais desmatam. A última área decretada como Unidade de Conservação em Mosqueiro foi em1983, de lá até hoje nenhuma outra, apesar de haverem estudos edispositivos legais que apontam essa necessidade.
Para proteger áreas das orlas das praias e demais ilhas do Município de Belém, o Plano Diretor considerou área non aedificandi a faixa mínima decem metros, a partir da linha de maior preamar. Desrespeitando o dispositivo legal, mais uma vez a administração municipal vem se omitindo ao não fiscalizar as irregularidades e até autorizando a construção de equipamentos em diversas praias de Mosqueiro.
Todos sabemos a importância dos casarões construídos na orla de Mosqueiro. Exemplares onde os traços da arquitetura européia se evidenciam, ilustram com muita propriedade a forma de ocupação nasprimeiras décadas do século passado e em cada um deles lembranças estão gravadas em suas estruturas. Lamentavelmente, não são alvos de uma política pública de preservação do patrimônio histórico e culturalpor parte da administração municipal. Muito pelo contrário, o que estamos presenciando é a destruição gradual desses imóveis, entre eles o imóvel localizado na praia do Bispo que pertence à Prefeitura de Belém.
Da mesma forma que os casarões, os sítios da baía do Sol que remontam ao período Pombalino estão cada vez mais esquecidos. A fábrica Bitar, primeira a produzir pneumáticos no Brasil, ainda está de pé porque a família vem mantendo a propriedade, mas poucos são aqueles que conhecemeste fato. Estrutura centenária como a capela do Chapéu Virado está preservada graças às ações da Igreja Católica. O mesmo não se pode dizer com relação ao trapiche da Vila, que se encontra deteriorado. Como podemos falar em qualificar a atividade turística e aumentar a autoestima do mosqueirense com os valores históricos vazando pelo ralo, sob os olhares incompetentes dos gestores públicos?
O turismo, sempre apresentado pelos políticos de plantão como prioridade, vem se desenvolvendo graças ao empenho e até teimosia de alguns empreendedores locais, que insistem em manter seus investimentos. A Associação Pró-Turismo de Mosqueiro elaborou um Plano de Desenvolvimento Integrado para a atividade no Distrito. Infelizmente, nunca foi assumido pelo governo local, que permanece perdido em ações pontuais, desarticuladas e sem o impacto positivo que todos esperam. É lamentável o despreparo dos gestores.
Muitos são os logradouros onde aqueles que possuem propriedade precisam aterrar, capinar e abrir valas para que os veículos possam transitar, pois os responsáveis pela administração municipal, mais uma vez, fingem que o problema não é com eles. A maioria das ruas que foram asfaltadas não teve o seu sistema de microdrenagem regularizado. O resultado são os alagamentos e deterioração rápida do serviço realizado.
Recentemente, Mosqueiro foi palco para muitas famílias festejarem a chegadado Ano Novo na beira da praia. A enseada do Farol e Chapéu Virado foi amais concorrida e a festa, muito bonita. O aspecto negativo ficou por conta da Agência Distrital e da Secretaria de Urbanismo, que não deram manutenção no sistema de iluminação pública, deixando a praia às escuras e as famílias vulneráveis às ações de assaltantes.
Tenho a convicção de que as situações relatadas são apenas algumas que ilustram o despreparo e a falta de interesse dos gestores que no momento são responsáveis pela Prefeitura de Belém. Enquanto nosso prefeito não cria vergonha, pede desculpa ao eleitor que nele confiou e pede para sair, resta-me torcer para que os anos de 2011 e 2012 passem logo e um novo grupo assuma a Prefeitura. Do contrário o estrago provocado poderá ser irreversível.
Profesor Eduardo Brandão

3 comentários:

ORLANDO BRITO DO CARMO disse...

Brandão, concordo em gênero, número e grau. Vc somente esqueceu, não sei pq, do Chalé "Porto Franco" adquirido pela empresa BIG-Ben que descarecterizou seu telhado. Inclusive ouvir vc indigando sobre o fato e depois calou-se. O que foi que houve? Pensei até ver algum registro do "Chalé Porto Franco" neste seu feliz artigo deste blog.Mas não encontrei!

Anônimo disse...

'Me orgulho da Belém que vou deixar para o povo"(Duciomar Costa,no seu twitter, vespera do aniversário da cidade)
"Nestes 395 anos Belém sofreu muito mas agora renasce como uma nova cidade. Limpa, segura e bonita"(Olha a Gozação do Dudu com a nossa cara)
"Conto com vocês para colocar #Belém395anos nos TT´s mundiais(O Dudu cara de pau, pedindo apoio para o povo que ele massacra no twitter.
Quem tiver dúvida dessa façanha é só acessar www.twitter.com/duciomar
Portanto amigo Gonçalo, ele é tudo que vc diz na carta ao PB e é acima de tudo um alucinado.

Anônimo disse...

Se fosse prefeito de Belém, faria tudo diferente.

Já fui prefeito no interior. Entrei e saí carregado nos braços do povo. Minhas contas todas foram aprovadas inclusive com louvor em um dos exercícios. Iria mostrar ao Duciomar e ao povo de Belém como é que um prefeito de verdade administra uma cidade. Poderia até perder uma vida no PSM mas não seria por falta de assistência. Nunca, jamais, me queixaria do povo do interior que vem à capital em busca de socorro médico. Minha ordem seria atender a todos com dignidade. Faria visitas semanais a todos unidades de saúde a começar pelo PSM. Visitaria as feiras e cemitérios. Todas as escolas seriam visitadas por mim pelo menos uma vez por mes. Viagem a Brasília sómente a trabalho. Aos domingos passearia nas praças de Belém com a minha família. Tiraria as crianças das ruas, encaminhando-as para um abrigo decente. Para os moradores de rua que são muitos em Belém daria atençao especial. Fiscalizaria pessoalmente todas as obras. Receberia semanalmente o povo em audiência atendendo principalmente os necessitados (há muita miséria em Belém). As licitações seriam todas transparentes e transmitidas pela internet. Jamais usaria carro oficial com cirene ligada pelas ruas de Belém e nem bandinha para me saldar onde fosse.
Vocês viram alguma vez Duciomar andando pela rua, no shopping, em alguma festa de formatura, num Re-Pa, na praça da República, numa banca de tacacá, pegando um taxi ou ônibus, numa igreja assistindo missa ou culto, na praia em Mosqueiro, lendo um livro, numa fila de banco, num engarrafamento de trânsito, nos locais de alagamentos da cidade se solidarizando com os moradores? Não, nunca viram e não verão porque não é estilo dele. Ele não veio para servir mas ser servido. Antes de ser Prefeito ele tinha umas carroças motorizadas que o Helio Gueiros pagava para ele recolher o lixo no Guama e Pedreira, ganhou fama de lider comunitário, mas hoje que é Prefeito a cidade virou uma lixeira a ceu aberto.

É triste saber que Belém há muito tempo não sabe o que é verdadeiramente um prefeito municipal.

Se tivesse um pouco de recursos me canditaria à Prefeitura de Belém em 2012 por um partido pequeno porque pelos grandes os donos não deixariam. Tenho certeza que o povo iria gostar de mim, da minha historia de vida e das minhas propostas.
Lembremos que quem elege prefeito de Belém é o povo do interior que mora na cidade e que mantem suas ligações com a cidade natal.
Estudei em Belém, Brasilia, Rio de Janeiro, Estados Unidos e Alemanha.

Em tempo, o Eduardo Brandão seria convidado para me auxiliar na administração de Mosqueiro e aproveitaria para aprender com ele, mais ainda, como é fazer as coisas por puro amor e interesse público. Aliás, formaria um secretariado de dar inveja a qualquer governador com gente séria e honesta que ainda se encontra nesta cidade.