quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quatro perguntas sobre o Natal


O Natal já passou. Justamente por isso podemos conversar mais abertamente sobre ele. Sendo história, o Natal de 2011 pode responder quatro importantes perguntas acerca do seu verdadeiro significado para nós. Nossa base de questionamento está na Escritura Sagrada, mais propriamente nas palavras que um anjo falou a José quando lhe anunciou que o menino seria chamado Jesus. Justificou o mensageiro celestial que a escolha desse nome era porque Jesus salvaria o povo de seus pecados. Literalmente, o nome Jesus quer dizer isto mesmo: “Jeová é a salvação”. Vamos às perguntas.
Primeira: desconsiderada toda questão cultural, o nascimento de Jesus produziu diferença prática em nossa vida? Somos diferentes e melhores pelo fato de Ele ter vindo a este mundo? Esta é uma excelente pergunta para aferirmos o que de fato mudou positivamente em nosso caminho. E se Ele não tivesse nascido, haveria alteração significativa em nossa forma de pensar, interagir e ver o mundo? Pense comigo: seu relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo seria afetado? Dá para mensurar essa perda agora? Mensurar, de tal modo que você diga: “nem consigo imaginar como seria viver sem o fato de Jesus ter nascido. O mundo seria completamente diferente para mim. Não sei como seriam meus valores. Não sei o que pensaria e como eu poderia viver!” É assim como você?
Segunda: sabendo que Jesus nasceu para nos salvar de nossos pecados, no Dia de Natal fortaleceu-se nossa vida de santificação? Domingo passado, você eu vivemos mais santificados? Ou pecamos ainda mais? Como ficou nosso nível de santificação nesse dia tão especial? Vejamos que para muitos o Natal foi uma das piores fases do ano.  Paradoxalmente, quando alguns mais pecaram. Embriagaram-se. Entorpeceram-se. Violentaram-se no corpo e na alma. Foi assim com você? Se foi, ainda não compreendemos o grande mistério do Natal e, decorridos dois mil anos, Jesus ainda não nasceu para nós. Estamos, espiritualmente, vagando em regiões de sombras de morte, sem luz, no dizer bíblico. Entenebrecidos em plena vida.
Terceira: neste Natal, você pensou mais em Jesus, ou em si próprio? Seu coração esteve voltado para o aniversariante? Você preparou tudo para Ele, principalmente seus melhores pensamentos e emoções? Foi por Ele que você arrumou a casa e comprou presentes? Jesus foi o centro de suas atenções? Foi assim? Curiosamente, o Natal é o aniversário mais usurpado da Terra. Alguns chegam a dizer: “O meu Natal!...”. Não. O Natal não é meu nem seu. Não é nosso. O Natal é de Jesus. Então, se dia 25 vivemos egocentricamente, celebramos a nós mesmos, jamais o nascimento do Filho de Deus. Realmente, foi o nosso Natal. Com inicial minúscula. Coisa da Terra, de homens, nunca de Deus, do Céu.
Quarta: Jesus pôde participar da festa de Natal? Ele teve liberdade para entrar na sala, no quarto e na cozinha? Ele pôde sentar-se conosco junto aos amigos? Pôde ouvir nossas conversas e cantar nossas músicas? Ele pôde beber o que bebemos? Compartilhar de nossos pensamentos nesse dia? Afinal de contas, o Natal foi mesmo diferente de outras datas? Foi diferente do carnaval e dos dias de decisão no futebol? Sendo Ele o aniversariante, todo mundo notou que Jesus era realmente o centro da festa? E que estávamos alegres porque Ele houvera nos libertado de nossos pecados?
Que diferença produziu o Natal para nós? Estamos mais perto de Deus? Ou nos afastamos ainda mais, entristecendo o Salvador?

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RUI RAIOL é escritor
http://www.ruiraiol.com.br/

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