segunda-feira, 28 de maio de 2012

Coragem de mamar em onça

Por ANDRÉ COSTA NUNES, que também edita o blog Tipo assim... folhetim

De repente se passaram três anos.
Dia 30 de maio faz três anos que abrimos o Terra do Meio Restaurante Rural.
Não cabe o lugar comum “parece que foi ontem”. Não. Foram três anos,
mesmo. Nunca trabalhei tanto e com tanto prazer. Por vezes me
descobria menino. Adolescente, pleno de juventude e tesão. Lato sensu,
claro. Mas que passou rápido, passou. Aliás, como tudo que é
imensamente gostoso.
Tipo assim… orgasmo!
É claro que nem tudo foram flores. Houve tempo de angústias, de
solidão. Cheguei a fechar por uns dias. Odiei-me por isso, mas já me
esqueci. A porção boa, romântica, picaresca, prevaleceu. Esbanjou.
Empreender com ousadia, irresponsabilidade, partir pro foda-se, com
poesia, a perseguir um sonho é a minha cara.
E o pior, ou melhor, é que este certamente não será o último. Outros
sonhos estão permanentemente em gestação. Se terei tempo de pari-los,
é irrelevante. O sonhar é a essência.
Durante esse tempo não abri mão das minhas bandeiras. Velhas
bandeiras, novas lutas. O majestoso Xingu, o singelo Uriboca. Aquele a
espernear contra as grandes empreiteiras. O Uriboca e o Uriboquinha, frágeis, pequenos,
a lutarem contra a Máfia do Lixo.
Se por vezes pareci fraco, acovardado, terá sido apenas síndrome de I-Juca Pirama, como a dizer “me aguardem”. Don Quixote e o Curupira são
meus ícones.
Eu e a Esther agradecemos o apoio, as críticas, os elogios, os papos, não, os longos papos na beira do lago, à sombra da palha. Agredecimentos de montão, que não caberiam aqui, a toda galera do Facebook, do Twitter, do site do restaurante e deste blog.
Enfim, o Terra do Meio, como aquela outra, mesopotâmica, entre os rios
Xingu e Iriri, da minha paixão e da qual sou oriundo, tem uma única
missão:
FAZER AS PESSOAS FELIZES.
Tipo Assim…

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