sexta-feira, 15 de junho de 2012

Belém e Curitiba: Duciomar é que faz a diferença


Então é assim.
Vamos comparar?
Comparemos Belém e Curitiba.
Elas são incomparáveis?
São. Em muitos aspectos, sim.
Às vezes, com vantagens para Curitiba.
Outras vezes, para Belém.
Mas há situações em que os graus de comparação deveriam ser idênticos.
Seja entre Belém e Curitiba, seja entre Belém e Nova York, Belém e Roma, Belém e Paris – e por aí vai.
O grau de comparação deveria ser idêntico quando se elege como critério-padrão, por exemplo, a transparência.
Vejamos, pois.
Belém tem suas obras estruturantes – e quem o diz é Duciomar, o huno, esse inventor da invenção. Curitiba também tem suas obras estruturantes.
Belém precisa resolver problemas no trânsito. Curitiba também.
Belém está construindo obra de grande impacto, o tal BRT. Curitiba também: constrói um metrô.
Belém, em obras que tais, está subjugada, ou melhor, deveria estar subjugada a procedimentos-padrão que precedem a sua execução. Curitiba também.
Pronto.
São situações que equiparam Belém a Curitiba, Curitiba a Belém.
E aí?
E aí que em Curitiba temos gestão pública.
Em Belém, temos desordem pública.
Em Curitiba, temos respeito às leis.
Em Belém, temos afronta às leis.
Em Curitiba, temos um prefeito que coleciona obras.
Em Belém, temos um prefeito que coleciona processos.
Acham que é exagero?
Vejam a imagem acima. É a do Metrô de Curitiba. Cliquem aqui.
Observem os links.
Ali vocês têm informação sobre audiências e consultas públicas. Sobre o EIA/RIMA. Sobre a legislação em vigor.
O portal oferece informações sobre os recursos a serem aplicados.
E mostra como serão os sistemas construtivos.
Agora, vejam abaixo.


Viram?
Pois é.
Acima, vocês têm o portal sobre o BRT do Duciomar.
Uma obra duciomaresca.
Típica de um desgoverno.
Suspeita.
Sem planejamento algum.
Sem audiência pública.
Sem consulta pública.
Sem nada.
Uma obra que se sabe quando começou, mas não se sabe quando vai terminar, porque é de tradição do desgoverno de Duciomar não terminar coisa alguma. Nem calçada.
Uma obra que se transformou numa estrovenga, num obstáculo.
Uma obra que está criando um caos na cidade, ainda que seja muito menos complexa que um metrô.
Estão aí as comparações.
Entre Belém e Curitiba.
Será que Curitiba não quer ficar com Duciomar?
Se quiser, não precisa dar nada em troca.
Absolutamente nada.
Nadica de nada.
É assim.

7 comentários:

Anônimo disse...

Meus parabéns pelo texto. Nada mais. Só cansaço.

Davi Batalha disse...

Caro Paulo, vejamos os seguintes fatos:
1. a Estacom Engenharia foi a empresa que entrou na justiça primeiramente para embargar o BRT, por razões óbvias: não detinha a tecnologia de execução - recorreu ao artifício de que a licitação vedava a possibilidade de consórcios (como prevê a Lei de Licitações) conseguindo uma liminar que logo fora derrubada;
2. depois levantou-se a questão sobre se o BRT prestava: era bom em Curitiba e em outras cidades, mas como era de Duciomar não prestava - a oposição recorreu então à pergunta: onde está o dinheiro? Dilma mandou 500 milhões para Duciomar e mais de 200 milhões para o governador Jatene continuar o BRT de Dudu para Marituba e Ananindeua;
3. aí pediram o EIA-RIMA, e não obstante os contrários ao BRT acessaram a justiça, mas se esqueceram de que a obra é executada em áreas já antropizadas e altamente impactadas, além de não retirar uma árvore sequer do trajeto, apenas adequando a via, mantendo a natureza e a ciclovia: mais uma vez esse argumento falacioso certamente não poderia ser obstáculo ao BRT;
4. agora que Duciomar conseguiu o dinheiro e inclusive expandiu a abrangência da obra para outros municípios da Região Metropolitana, todos - sem excessão: Priante, Zenaldo, Jordy e o próprio Edmilson - tem como proposta de governo na questão do trânsito, se eleitos, o BRT, esbofeteando a inteligência alheia com as críticas irresponsáveis sobre a obra;
5. Destarte, como o Ministério Público tem seu papel e nada mais comum do que vermos o cumprimento deste, que se solicite o que for necessário, ressaltando a seguinte precaução: a oposição deveria respeitar mais humildemente a magnitude, o custo/benefício e eficiência do BRT para Belém, em vez de tentar se apropriar na marra e no discurso sofístico do BRT.
P.S. agora é tarde: o povo sabe que o BRT é obra de Duciomar, e quando a população ver que agora poderá se andar decentemente de ônibus e os condutores verem o fim dos engarrafamentos que atormentam a local onde se faz a obra, não haverá mais para quem reclamar, pois será Dudu de novo nos braços do povo. E nem precisa pagar pra ver: será só pegar um BRT! Abraços e bom final de semana

Anônimo disse...

Só faltou falar da licitacão e das audiências públicas. Explique.

Anônimo disse...

Só esqueceram de dizer, no projeto, ONDE serão os terminais de passageiros.
Vamos lá, prefeito, explique-se.

Anônimo disse...

Espero que esse pessoal que faz a defesa da prefeitura o faça em horário fora de expediente e de um computador e de internet pessoais. Pelo menos isso!

Flávio Sidrim Nassar disse...

Parabens Paulo,
Como dizia aquele personagem do Jô Soares: Tirou daqui.
Queria ter escrito este post, assino em baixo.

Anônimo disse...

Alguém sabe informar quanto ganha esse "aspone" que se assina Davi Batalha e quais são as suas relações com Duciomar ? Ele não parece ser apenas um "pau mandado". Ele parece ser alguém muito "safo" na arte ilusionista em que seu "guru" Duciomar é um mestre com PHD...