quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Incêndio já matou animais na Flona Carajás

O primeiro dia de incêndio na Floresta Nacional de Carajás (foto do ICMBio)

Helicóptero combate o fogo em área da Flona Carajás (foto do ICMBio)
Boletim emitido ontem pela Coordenação Regional (CR4) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Belém informou que um incêndio detectado no dia 16 de agosto, na Floresta Nacional de Carajás, e revelado com exclusividade pelo Espaço Aberto, já consumiu 500 ha de floresta primária, com queimas de copa localizadas.
Pela primeira vez, o Instituto revelou fotos do incêndio (acima). "Algumas áreas foram queimadas completamente e outras apresentaram boa resistência à passagem do fogo. Percebe-se a fuga de animais das áreas queimadas, mas foram registrados animais mortos na área, especialmente répteis e pequenos mamíferos", diz o boletim.
O fogo, segundo a CR4, teve início em uma linha de transmissão (LT) de energia ao Norte da FLONA, próximo a divisa com a Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado, à altura da barragem do Geladinho. "A retaguarda do fogo é vulnerável, pois fica à margem da LT, com muito material combustível seco. A área foi aceirada mecanicamente. Dia 20 de agosto começou um segundo incêndio por perda de controle do fogo na retaguarda", informa o boletim.
A Coordenação Regional do ICMBio informou que, no último final de semana, a frente principal do fogo foi alcançada por 15 brigadistas. Um trator foi deslocado para abertura de estrada até a frente do fogo, chegando a 250 metros do incêndio. Foi iniciado também o combate aéreo com apoio de um helicóptero. Está sendo feito um ataque terrestre pelo acesso aberto com o trator com cerca de 40 brigadistas.

O flanco direito do fogo foi totalmente contido por aceiro manual e há 10 brigadistas monitorando. No flanco esquerdo foi feito um aceiro manual para formar uma linha de defesa contando com 20 brigadistas.
O combate é coordenado pelo Instituto Chico Mendes, responsável pela proteção da Floresta, com o apoio da mineradora Vale, através do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios do Mosaico de Unidades de Conservação de Carajás. O efetivo total está em torno 70 brigadistas, além do pessoal no apoio logístico. Somaram-se a equipe ainda 20 brigadistas da Eletronorte no apoio ao combate. A estrutura usada é de 3 tratores, 1 helicóptero e 3 caminhões pipa.
Sobre as causas do incêndio, estão sendo investigados pela equipe de perícia do Mosaico de Carajás, ainda sem parecer conclusivo, segundo informa o boletim. "Percebe-se um impacto importante nas áreas atingidas pelo incêndio, especialmente a alteração da Floresta Ombrófila Primária tipo Montana. Contudo, devido ao intenso combate, este impacto tem sido minimizado pela descontinuidade do fogo ao longo da área atingida", diz a CR4.

Com informações da Coordenação Regional do ICMBio

Um comentário:

Anônimo disse...

Como seu leitor, gostaria de registrar a insatisfação pela greve da Universidade Federal do Pará, que se arrasta por mais de três meses.
Se as reinvidicações são ou não justas, não sei.
Será que esse pessoal que está há três meses sem trabalhar estão recebendo salários? Se estiverem, seria bom o Ministério Público Federal tomar iniciativas para pedir a imediata suspensão, pois inexiste pagamento por inatividade, sendo enriquecimento sem causa e ato de improbidade administrativa e, quiçá, a abandono doloso da função.