sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Imóvel entregue pela Leal Moreira vira caso de polícia

Impressionante.
Parece até brincadeira, mas é pura verdade.
O edifício Torre de Umari, erguido pela Construtora Leal Moreira na Dom Romualdo de Seixas, próximo à Domingos Marreiros, no coração do hoje requintado e requisitado bairro do Umarizal, tem sido um repositório de surpresas e uma fonte inegostável de espantos.
Primeiro, como o Espaço Aberto informou em várias postagens, os compradores começaram a acumular ódio no coração, porque não conseguiram ser imitidos na posse de seus apartamentos, em decorrência de dificuldades no resgate de hipotecas.
Depois, o edifício foi visitado por três assaltantes, que foram até um apartamento no 25º andar, renderam a proprietária e a empregada doméstica e roubaram aproximadamente R$ 3 mil, além de joias e um notebook.
Em seguida, descobriu-se que um morador estava se rendendo - ou já estava rendido, quem sabe - à tentação de instalar uma banheira de hidromassagem na sacada de seu apartamento, expondo-se ao risco de desabar até a cabeça do porteiro, lá embaixo, enquanto estivesse sendo hidromassageado.
E agora? Agora é o seguinte.
Proprietária de um apartamento recebeu as chaves no último dia 10 deste mês.
Na última terça-feira, toda serelepe e cheia de graça, foi até o imóvel, por volta das 16h.
Tomou um susto com o que viu.
"Deparei com o apartamento sem condições de ser habitado, todo sujo, com lixos em todos os cantos do apartamento. Os tetos de gesso com buracos grandes nos banheiros e na sacada. Ao lado da churrasqueira sem lajotas (uma fileira) e a moldura em inox da churrasqueira mal colocada com defeitos nas bordas. O vaso sanitário do banheiro de serviço imundo", relata a moradora ao blog.
Ela já fez uma ocorrência policial, primeiro passo para responsabilizar quem afrontou cláusulas contratuais e legais, uma vez que, ao fazer a vistoria, em janeiro, "o apartamento estava todo limpo e em ordem, diferentemente do que se apresentava no momento da entrega das chaves".
Ah, sim.
Vocês querem mais?
Pois tem mais.
A proprietária é a mesma que teve seu contrato extraviado. E sabe-se lá quando é que vão providenciar a recuperação dos documentos.
Sabe-se lá.
Querem saber mais?
Para quem não leu postagens anteriores sobre essa obra com a grife, o estilo, o jeito e a prosa da Leal Moreira, leia as postagem a seguir:

Compradores do Torre de Umari vão à Justiça
Erros, má-fé e brincadeiras sobre o Torre de Umari
Proprietários do Torre de Umari ainda estão na rua
 No Torre de Umari, 100 apartamentos às moscas

Abaixo, para que os descrentes acreditem no que acabaram de ler, as fotos que mostram as condições em que se encontra o apartamento, tiradas pela própria dona do imóvel e remetidas ao Espaço Aberto.

Restos de gesso e lajotas na pia da sacada

Rombo no teto de gesso da sacada

Rombo no banheiro da suíte

Rombo em outro banheiro

Vaso sanitário manchado e deteriorado no banheiro de serviço

Churrasqueira sem lajotas

Na porta de entrada, a madeira estourada

Restos de lixo na sacada

5 comentários:

Anônimo disse...

Se eles tratam assim gente de bom trato, imagine se fosse um pobre? Por isso o programa Minha Casa Minha Vida faz água: as construtoras (quase a maioria) entrega tudo colado com cuspe. Não adianta colocar a culpa só nos governos, quem fiscaliza a obra anda se vendendo.

Anônimo disse...

E quem compra pela "grife" acaba levando um produto chinês ou paraguaio...afe.

em tempo: quem comprou imóvel quando ainda existia a "parceria" com a tal de PDG também se estrepou.
Quem ficou na mão dessa PDG tá sofrendo; só atendem no call-center, em Belém ninguém resolve nada.
Quem ousa pedir distrato,leva seis meses para receber uma resposta indecente: perderá 80% do que pagou !!
Isso pode, Arnaldo? Tá na regra?!!

Anônimo disse...

Outra situação semelhante irá acontecer com a entrega do Torres Ekoará (Trav Eneas Pinheiro), cujo o atraso está próximo de 02 anos e a empresa ainda está corrigindo o saldo devedor como se a culpa pelo atraso da obra fosse do adquirente. Pior nem há prazo para entrega.

Anônimo disse...

Essa correção de saldo devedor deveria ser verificada pelo Ministério Público Estadual, inclusive para gerar termo de ajuste de conduta para evitar correção fora do prazo. O INCC é uma mina. Paga mais que qualquer aplicação financeira. Um filé.

Anônimo disse...

É Pará isso...