sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Logo, logo, o futebol vai premiar o racismo. Em alto estilo.

Tinga: vítima, entre tantos outros, de uma selvageria que, pelo visto, acabará como prêmio no mundo do futebol.
Vejam só, meus caros.
Dizemos todos, e repetimos dia sim, outro também, que o Brasil é o país da impunidade.
E é mesmo.
Mas não estamos sós.
Realmente, não estamos.
Vejam esses casos de racismo que se manifestam em campos de futebol.
O último deles ocorreu na semana passada, quando Tinga, do Cruzeiro, foi alvo dessa barbaridade num jogo pela Libertadores, em Lima, no Peru, contra o Real Garcilaso.
Em eventos assim, há clamores gerais - e justificados, diga-se - cobrando punições rigorosíssimas.
Em casos como o do Peru, todos cobram que o racismo seja banido dos estádios - ou pelo menos deles, já que é muito difícil, infelizmente, bani-lo totalmente da sociedade, em todos os seus níveis.
E aí?
E aí que temos as entidades que dirigem o futebol.
Lá como cá, elas são um mal para o futebol. E a Fifa, claro, está à frente de todas.
Vejam agora.
Em dezembro do ano passado, torcedores russos do CSKA Moscou entoaram cânticos discriminatórios e mostraram símbolos de extrema direita durante o duelo contra o Viktora Plzen, pela Liga dos Campeões.
Sabem qual a punição aplicada agora pela Uefa ao time russo? Acreditem: terá que disputar o seu próximo compromisso por um torneio europeu com os portões fechados. E será multado em 50 mil euros (aproximadamente R$ 164 mil). Só isso? Só isso.
Tem mais.
A Associação de Futebol da Sérvia foi condenada a fechar parcialmente seu estádio na próxima partida da seleção Sub-21, após a torcida imitar som de macaco durante um empate por 2 a 2 com a Bélgica, em 15 de novembro, pelas Eliminatórias do Campeonato Europeu Sub-21. Acreditem na punição: fechar o estádio parcialmente por um jogo. Só isso? Só isso.
E o Apollon Limassol? Também terá que jogar com o estádio parcialmente fechado em uma competição europeia depois dos seus torcedores emitirem sons de macaco contra o jogador Dossa Junior, do Legia Varsovia, em 12 de dezembro. Acreditem: um jogo. Só isso? Só isso.
Viram?
O Brasil não está sozinho no reino da impunidade. Tem a seu lado o que chamamos de mundo de futebol.
E no mundo do futebol, meus caros, o racismo, diante dessas punições ridículas, vai acabar, mais dia, menos dia, se tornando um prêmio aos clubes que tiverem como simpatizantes torcedores racistas.
Que coisa!

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