quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Coleguinhas tietes pontificam nas entrevistas coletivas

José Maria Marin: que tal um estadista desse, hein?
Com todo o respeito aos coleguinhas.
Com todo mesmo.
Mas o certo é que já não se fazem entrevistas coletivas como antigamente.
Aliás, como vocês sabem, entrevistas coletivas, quase sempre, são o cenário ideal para o nada dizer e para exibicionismos explícitos. Quase sempre.
Agora, quando os coleguinhas, em vez de se portarem como jornalistas, portam-se como tietes – ou quase isso -, aí a coisa pega.
Pega vergonhosamente. E como!
E no Brasil, vêm sendo cada vez mais frequentes as entrevistas coletivas em que coleguinhas e tietes, tietes e coleguinhas parecem todos uma mesma coisa. A mesmíssima coisa.
Na apresentação dos novos coordenadores técnicos da seleção brasileira, coleguinha-tiete chamou de estadista – de estadista, meus caros - o presidente da CBF, o notório José Maria Marin, aquele envolvido com gatos e ditaduras.
Há pouco mais de uma semana, logo depois do jogo de estreia de Vanderlei Luxemburgo como técnico do Flamengo, coleguinha-quase-tiete perguntou-lhe, lá pelas tantas, como era que o “vovô Luxemburgo” se sentia depois da vitória rubro-negra por 1 a 0 sobre um Botafogo. Um verdadeiro mimo de pergunta para encher o ego do treinador e de familiares seus, presentes no mesmo ambiente da entrevista.
E mais recentemente, cenas explícitas de tietagem protagonizadas por coleguinhas que estiveram na coletiva em que o Felipão foi apresentado como o novo treinador do Grêmio.
Eita! Ali é que foi mesmo. O clima entre coleguinhas e treinador era do tipo “estamos em casa”.
Vish.
Com todo o respeito aos coleguinhas.

Mas o certo é que já não se fazem entrevistas coletivas como antigamente.

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