quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Polícia tranquiliza os moradores da capital


A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) se reuniu com os órgãos de sua competência e com agentes das esferas federal e municipal durante coletiva de imprensa, na manhã de ontem, na sede do Comando da Polícia Militar, para tranquilizar os moradores da capital paraense, após a onda de pânico que se instalou em Belém depois do assassinato do cabo Antônio Marco da Silva Figueiredo, de 43 anos, conhecido como “Pet”, na noite de anteontem, no bairro do Guamá. Logo depois do crime contra o policial, mais nove pessoas foram assassinadas em um tempo curto. Por causa disso, mensagens que circularam pelo aplicativo para celulares WhatsApp e pelas redes sociais espalharam medo pela cidade.
Luiz Fernandes, titular da Segup, confirmou que até o final da manhã de ontem 10 pessoas foram assassinadas e três ficaram feridas. As mortes ocorreram no Guamá (a do cabo), na Terra Firme (quatro), no Jurunas (duas), no Marco (uma), no Tapanã (uma) e no Sideral (uma). Não foi informado onde as três pessoas foram feridas. Fernandes esclareceu que ainda não tem como informar se o crime contra o policial militar está relacionado aos outros nove homicídios. “Todas as mortes vão ser investigadas de forma minuciosa. Seis delas ocorreram com as mesmas características, sempre com o envolvimento de motoqueiros”, afirmou.
Na noite de anteontem, após o crime contra o policial militar, mais quatro pessoas foram assassinadas. Durante a madrugada de ontem, foram contabilizadas outras cinco mortes. Por volta de meia-noite, Nadson da Costa Araújo, de 18 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Ele estava na rua dos Pariquis, no bairro do Jurunas, quando foi interceptado por um veículo preto. A família da vítima desconhece a motivação do crime. O cabo Lauro, que esteve no local, disse que Nadson foi executado por um bandido conhecido como “Negreti”.
Marcos Murilo Ferreira Barbosa, 20, foi assassinado na travessa Mauriti, perto da passagem União, na Pedreira, também por volta de meia-noite de ontem. A tia dele, que não quis ser identificada, disse que o sobrinho estava perto da própria casa quando homens de moto o cercaram e dispararam vários tiros. “Um senhor viu tudo e ele disse que meu sobrinho chegou a dizer que não tinha nada a ver, mas eu não sei a que o meu sobrinho estava se referindo”, disse a tia no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, onde esperava a liberação do corpo.
Alex dos Santos Viana, de 20 anos, também foi morto durante a madrugada. Walmir da Fonseca disse que o filho adotivo estava acompanhado de dois amigos no Sideral, onde morava, quando vários homens encapuzados e de moto se aproximaram e dispararam vários tiros. “Ele tinha acabado de sair da arena de futebol lá perto de casa e estava tomando refrigerante na companhia de mais dois amigos quando esses homens se aproximaram e fizeram vários disparos. Os amigos dele conseguiram correr”, disse Walmir. Ele não sabe o que motivou o assassinato, mas informou que Alex foi apreendido, durante a adolescência, por porte ilegal de arma. 
Daniel Martins Souza dos Santos, de 33 anos, caminhava pela rua Breves, perto da rua dos Mundurucus, no bairro do Jurunas, quando foi executado por um motoqueiro. Nenhum parente de Daniel foi ao local, mas moradores da área disseram que ele era usuário de drogas e fazia pequenos furtos.
Já por volta das 3h de ontem, Marcio Santos Rodrigues, de 21 anos, foi assassinado com vários tiros disparados por motoqueiros encapuzados na rua da Olaria, no bairro do Tapanã.

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