quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Secretário fala sobre suposta vingança

Durante a coletiva, as autoridades foram questionadas sobre a possibilidade de os nove assassinatos serem uma vingança praticada por colegas de farda do cabo Figueiredo. “Nós não podemos afirmar isso, estamos investigando o que ocorreu com cada vítima com muito critério, mas se identificarmos a participação de qualquer policial militar, ele será investigado e vai responder pelo ato. Mas a filosofia da Polícia Militar não é essa. Se alguém da corporação teve esse tipo de atitude, eu não considero um policial”, disse o secretário Luiz Fernandes.
Daniel Mendes Borges, comandante geral da Polícia Militar, disse que o sistema de segurança pública prima pela transparência e tentará esclarecer os crimes o mais rápido possível. “Independente de quem seja, nós preservamos antes de qualquer coisa a vida”, destacou.
Rilmar Firmino, delegado geral da Polícia Civil do Pará, informou que a polícia continua fazendo buscas. Até a noite de ontem ninguém havia sido preso, mas alguns nomes e apelidos de supostos criminosos já surgiram. São eles: “Tulio”, “Mauro Gordo”, “Panturrilha”, “Grandão”, “Dênis Pimentinha” e “Jacura”. 
O cabo Figueiredo estava afastado da PM havia sete anos, por problemas de saúde. Mesmo afastado, ele era investigado pela corregedoria das polícias Civil e Militar pelo envolvimento em pelo menos dez homicídios. “Ele estava sendo investigado pela corregedoria pelo crime de homicídio”, destacou o delegado Rilmar Firmino.
Estatística - Francisco Xavier, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e dos Bombeiros, disse que a morte do cabo Figueiredo representa o 16º registro de homicídio de policial militar este ano. “O ‘Pet’ era um policial exemplar, era muito ativo durante o trabalho na corporação. Mais uma vez nós perdemos um grande policial”, lamentou Xavier, que também acompanha de perto as investigações do assassinato. “A polícia está investigando e nós vamos acompanhar, mas é perigoso afirmar que policiais estão causando terror na periferia, muita gente está se aproveitando dessa situação. O papel da polícia é de proteger a sociedade e o Estado precisa dar suporte”, acrescentou.

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