quarta-feira, 1 de junho de 2016

Volta, Dilma, para implodir este sistema político


Por LEOPOLDO VIEIRA

Um machistério com sete ministros investigados na Lava Jato, áudios revelando que a trama do impeachment foi para obstruir a Justiça e aniquilar a operação Lava Jato. Recuos de manhã, de tarde e de noite. Nada de meta fiscal e, sim, aumento do déficit. Para quê não se sabe, uma vez que o governo ilegítimo tem demonstrado uma vontade incontrolável de cortar verbas da saúde pública, milhões de beneficiados do Bolsa-Família, o Fies, o Pronatec e o Minha Casa Minha Vida. Uma garota é estuprada por 30 homens e o ministro da Educação se reúne com estupradores.
Os jornais dizem que o Congresso não topa, apesar dos 400 votos da nova maioria parlamentar, aprovar de qualquer maneira o teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência. 
Ou seja: calote no povo, no mercado, nos políticos. 
Ninguém mais aguenta o governo Temer, do retrocesso de 13 anos em 13 dias. O JK às avessas.
O sistema político derrete à luz do dia, enquanto, segundo o Ibope, cresce a confiança na presidenta deposta, pois agora se sabe que ela (que bom!) não escutou os conselhos do vice conspirador, especialista em lidar com bandidos.
O Brasil exige uma solução.
Dado o frangalho do sistema, propostas baseadas nos métodos ventilados nas conversas de Sergio Machado, ou coisas como parlamentarismo, que reduziria ainda mais a intervenção direta da cidadania, jamais serão aceitas pela sociedade.
A saída é dinamitá-lo antes que acabe de vez com o Brasil. Ele é a saúva do século XXI, quando decrépitos coronéis insistem em reanimar a República Velha.
A outra solução que setores anti-golpistas vislumbram, de eleições diretas - não se enganem - é uma oportunidade para o sistema mudar tudo para que nada mude, já que ocorreria sob as regras eleitorais atuais. Antes de quaisquer novas eleições, é preciso mudar o sistema.
Além disso, exige ⅔, em dois turno, da Câmara e do Senado, com alta probabilidade de procrastinação e, de imediato, devolve a iniciativa aos obstruidores da Justiça.
Não mais como wishful thinking, estão dadas as condições da convocação de uma Constituinte Exclusiva para a Reforma Política como a única alternativa de repactuação da democracia com a sociedade e estabilizar o ambiente de negócios e a vida dos trabalhadores.
Só Dilma, a vítima do sistema por tê-lo enfrentado e rejeitado, pode fazer este chamado com legitimidade e sob as novas regras aprovadas pelo STF: proibição do financiamento empresarial de campanha.
O Congresso Nacional, ao invés de votar projetos que nos converteriam definitivamente em república bananeira, como legalizar jogos de azar, tem que dar esta chance para a cidadania exorcizar seus demônios históricos. Não aderir à proposta seria posicionar-se claramente pelo escandaloso conteúdo dos áudios de Machado. 

Dilma, coração valente, nada te segura para seguir em frente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu não teria muito a dizer se ela voltasse, porque politicamente os golpistas são iguais. O problema é outro. Econômico. Ela acredita na falácia de que torrar o dinheiro público melhora a economia. Não so ela. Todos os socialistas. Não conseguem entender que isto destruiu a cortina de ferro, quase destrói a China, que teve que se vender ao capitalismo mantendo a ditadura política, Cuba que está de joelhos pros ianques e agora a Venezuela.

Anônimo disse...

O autor do texto "sisqueceu" de que esse caos, essa a bagunça, a economia destroçada, a marcha à ré do pais, o desemprego , a inflação sem controle são produtos do gobierno da gastança em nome do poder pelo poder, das mamas nas tetas federais, das alianças com tudo de mais podre dos anos Lula e Dilma.
O próprio autor do texto foi ( qum sabe, ainda é...) aspone pago por nós.

Coração valente com o dinheiro do povo, sei....
Socialismo de boquita.

Vejam o "sucesso" da Venezuela.

Fala sério.