quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Éder Mauro mete os pés pelas mãos em entrevista. E se for prefeito?


Impagáveis, para dizer o mínimo, as montagens que ganham o mundo virtual e realçam o ridículo - sim, ridículo - que foi a entrevista à TV Liberal, na última segunda-feira, do deputado Delegado Éder Mauro, um dos candidatos a prefeito de Belém nas eleições de outubro próximo.
Sua Excelência é monotemático.
Só fala em segurança.
Qualquer tema, ele procura vincular à segurança.
Não pensa em outra coisa - somente em segurança.
Parece não quer outra coisa, a não ser tornar Belém um oásis de segurança.
A violência em Belém é assustadora?
É
A criminalidade é avassaladora?
É.
Precisa ser combatida de forma conjunta - e célere - pelo Poder Público?
Precisa.
Mas Belém está com a saúde transformada num casos.
O transporte público é um caos e meio.
A cidade, parece, parou no tempo.
A insegurança é um dos problemas.
Convêm mudar esse quadro. E até mesmo para reduzir o nível de insegurança é necessário integrar esforços para permitir que o Município tenha, realmente, um papel mais ativo nessa área, respeitadas as limitações e vedações constitucionais.
Porque se é certo que a segurança pública é responsabilidade de todos, conforme disse o candidato durante a entrevista, também é certo que o artigo 144 da Constituição Federal preceitua claramente:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

Onde entra o município nisso?
Não entra.
Simplesmente não entra.
Ah, sim.
E ainda temos a partezinha em que o delegado se irritou com uma pergunta que, imagina ele, foi formulada pela assessoria do tucano Zenaldo Coutinho.

Se Éder Mauro já começa metendo os pés pelas mãos numa simples entrevista, inclusive fazendo assertivas sem provas, o que não fará se chegar a prefeito de Belém?

4 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe poster, mas entra. Pouco mas entra. Onde? Em "Estado" (lato sensu) e em "todos". Não entra nos órgãos, que são federais e estaduais. Exemplo de "Estado" e "todos" são as guardas municipais. Ponto. Mas não é prioridade municipal, pelo contrário.

Anônimo disse...

Despreparado, só isso.

Anônimo disse...

Através, através...!

Anônimo disse...

Cumpadre, a gente si invergonha. Vixi!