sexta-feira, 31 de março de 2017

Zélia Duncan - Me Revelar

Cassação de Jatene apanha de surpresa e espanta tucanos


A parada é a seguinte.
Muitos tucanos de copa e cozinha do poder nem estavam sabendo que o pedido de cassação do governador Simão Jatene estaria na pauta de julgamentos do TRE, nesta quinta-feira (30).
O espanto foi geral, portanto, quando se depararam, no início da tarde, com informações que já corriam soltas pelas redes sociais, de que o Pleno, por 4 a 2, decidira cassar o mandato do governador, e por consequência de seu vice, Zequinha Marinho.
O posicionamento do TRE em relação ao caso de Jatene fez acender a luz amarela, senão a vermelha, no núcleo do governo Zenaldo Coutinho, que também é objeto de ações que pedem a cassação de sua chapa, entre outros motivos por propaganda ilegal durante a campanha.
A chapa Jatene-Marinho foi acusada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de usar eleitoralmente o programa governamental do Cheque Moradia, com distribuição de verbas públicas para eleitores em quantidade muito além do previsto nos planejamentos estatais.
Levantamento do MPE mostra que a previsão de gastos do Estado com o Cheque Moradia para 2013, 2014 e 2015 foi ultrapassada em mais de 200% até o mês de outubro de 2014, quando foram realizadas as eleições. Até o período da campanha eleitoral, o mês com maior investimento do Cheque Moradia havia sido janeiro, com um gasto total de R$ 9,2 milhões.
Em agosto do ano eleitoral, o gasto foi de R$ 15,1 milhões e em setembro pulou para R$ 31 milhões. A ação judicial aponta que durante a campanha aumentou o número de eventos promovidos e o número de processos abertos pelo programa, além da entrega de cheque moradia a eleitores que prometeram voto nos candidatos Simão Jatene e Zequinha Marinho.
Ainda cabe recurso da cassação do diploma ao Tribunal Superior Eleitoral e, até o julgamento na instância superior, o governador Simão Jatene pode manter o mandato. O entendimento do Ministério Público Eleitoral é que, caso o TSE confirme a cassação, novas eleições devem ser realizadas.
Mesmo com recurso à última instância da Justiça eleitoral, no entanto, Jatene não poderá concorrer nas eleições de 2018 e permanecerá inelegível até 2022. Isso porque, pelas regras da Lei da Ficha Limpa, basta a decisão de um órgão colegiado, como é o caso do TRE, para que o político fique fora dos pleitos eleitorais. O vice-governador, Zequinha Marinho, não sofreu a sanção de inelegibilidade e poderá concorrer em 2018.

PSDB divulga nota em solidariedade a Jatene


GPS em cadela conduz a esconderijo onde ela guardou seis filhotes



Olhem só esse vídeo.
Foi mandado por um casal de leitores do blog que reside em Brasília. E traduz não propriamente um conto de fadas, mas uma história de cachorros. Uma fofa, como se diz, história de pets.
É o seguinte.
Há poucas semanas, durante vários dias, o casal remetente do vídeo começou a reparar numa cadela que estava sempre no mesmo horário às proximidades da entrada da guarita do condomínio onde residem, no Jardim Botânico, logo depois da Ponte JK.
O detalhe é que, pela robustez das tetas da cadela, o casal desconfiou - ou passou a ter quase certeza - que ela havia parido recentemente.
Mas cadê os filhotes? Ninguém sabia. Mas a cadela, mesmo depois de parir, continuou rondando no mesmo lugar e quase sempre no mesmo horário.
Até que bateu num dos remetentes do vídeo a certeza de que a cadela resolvera, por puro instinto de proteção materna, esconder os filhotes em algum lugar meio inacessível. Ou pelo menos em alguma lugar bem escondido dos olhos do distinto público.
Mas onde?
Com boa alma, e dotado de uma inteligência que não o deixa quieto até que ele descubra bem os fundamentos do 2+2 são 4 e como utilizá-los de forma bem prática, o leitor do blog comprou um rastreador GPS.
Sim, meus caros: um rastreador GPS - e ainda pelo Mercado Livre, porque gastar com parcimônia, vocês sabem, é regra básica que faz sobrar dinheiro e dá pra construir mansão - ora se é.
Pois de posse do GPS, o cara, que há havia conquistado a simpatia daquela mãe superprotetora, mas também superinteligente e espertíssima, instalou o GPS nela e aguardou.
Até que descobriu: a cadela guardara mesmo seus filhotes - seis ao todo - num sítio arqueológico às proximidades do condomínio, aonde só era possível chegar a pé.
E lá foi o cara - com a alma leve e a inteligência gratificada - resgatar os filhotes do meio do mato e levar a ninhada inteirinha pra casa dele, juntamente com a mãe.
Resultado: agora são 10 cachorros na casa - 1, 2, 3, 4... até 10. Porque a mãe e seus seis filhotes se juntaram a Chico, Toddy e Luke, os três mascotes brasilienses do Espaço Aberto que já são filhos do casal.
Situação de momento: a mãe está com suspeita de ter contraído Leishmaniose, mas roguemos a Deus que não seja isso. Os exames haverá de dizer.
No mais, a cachorrada está mais feliz do que nunca na casa.
Ah, sim: os filhotes serão doados. Mas isso ainda é um próximo passo.
Não é, como vocês viram, um conto de fadas.
Mas é uma história fofa de pets.

Ou não?

Busto e nome de aeroporto para CR7. Ele merece, ora pois!


Olhem só.
O repórter reputa Cristiano Ronaldo uma das celebridades mais egocêntricas que flanam por aí.
Nós paraenses, neste nosso idioma paraensês incomparável, diríamos que ele é ixibido.
Sim.
É mesmo. É exibido - ou ixibido - em excesso.
Até porque, ainda segundo o juízo deste repórter, Cristiano Ronaldo é um grande jogador, mas está não é um craque. Está bem perto, mas ainda não chegou lá.
Enfim, questão de juízo e preferências.
Mas o certo é que não há cabimento nesta polêmica toda sobre o busto do jogador que inauguraram agora no aeroporto de Ilha da Madeira, a terra natal de CR.
Cristiano Ronaldo está para Madeira assim como Pelé para o Brasil e para o futebol mundial.
Ou tem a mesma dimensão de Amália Rodrigues para o fado em Portugal.
 Cristiano Ronaldo não será a maior celebridade da história da Madeira?
Por que, então, a estranheza com uma homenagem como essa a ele, ainda que o rapazinho seja ixibido como poucos?

Um olhar pela lente

Uma publicação compartilhada por Rui Jorge 📸 (@ruijorgegomes) em

O que ele disse


“O racismo ocorre em todo lugar, de forma mascarada. Mas não na mesma intensidade que no Brasil. Aqui, a discriminação racial no ambiente corporativo é frequente. Quando falamos de integração racial, também falamos de integração social. Muitos afrodescendentes brasileiros são descendentes de escravos que não tiveram acesso à educação e viveram em condições desiguais no passado. Se as empresas não tiveram uma postura proativa para incluir essa população no seu quadro de funcionários, não mudamos isso.
Theo Van der Loo, presidente da Bayer Brasil, após relatar no seu perfil na rede LinkedIn a discriminação que um amigo negro teria sofrido em um processo seletivo de uma multinacional. “Não entrevisto negros”, teria dito o recrutador na presença do candidato, que abandonou o local e decidiu ignorar o ocorrido por temer que a denúncia prejudicasse sua carreira.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Chico Buarque - João e Maria

TRE cassa o governador Simão Jatene


O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE) acaba de cassar por 4 a 2 o mandato do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), por abuso de poder político e econômico cometido durante a campanha de 2014.
Mas o governador permanecerá no cargo, uma vez que pode recorrer ao TSE e, excepcionalmente, a outras instâncias.

Arte no Instagram

Uma publicação compartilhada por JBosco Azevedo (@jboscoazevedo) em

Grupos de Campos e Vasconcelos se enfrentam na Atep

Está formado o angu.
As eleições para renovar a diretoria da Associação dos Advogados Trabalhistas do Pará (Atep-PA) para o biênio 2017/2019 acabaram se transformando numa prévia da próxima disputa eleitoral na OAB-PA, entre os grupos do atual presidente, Alberto Campos, e de seu ex-aliado, mas agora opositor, Jarbas Vasconcelos.
Duas chapas concorrem, a Chapa 1, "Atep Forte", apoiada por Campos, e a Chapa 2 "Renova Atep", com o apoio de Vasconcelos.
Em Belém, a votação ocorreu na Sala dos Advogados, no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região  (TRT8), mas uma liminar concedida pela desembargadora Luzia Nadja Guimarães (na foto), do Tribunal de Justiça do Estado, a pedido da Chapa 2, impede a apuração e a divulgação do resultado até a publicação de uma lista detalhada de eleitores aptos, contendo a data e a forma de pagamento das anuidades.
A Diretoria da Atep teria se manifestado no sentido de que os autores não teriam legitimidade para pedir a exibição dos comprovantes de pagamento das inscrições, encaminhando em seguida uma lista de 846 associados que estariam aptos a votar, dos quais, 467 teriam realizado suas inscrições no dia 10 de março de 2017, isto é, fora do prazo em relação a capacidade de votação nas eleições do dia 29/03/2017.
Diz a desembargadora, no final de sua decisão:

Assim exposto e diante das informações trazidas neste recurso, estou por conceder o efeito ativo requerido, para acrescentar a decisão do juízo a quo a obrigação para a Diretoria atual da ATEP apresente em meio físico, além da lista dos associados declarados aptos a votar, os respectivos comprovantes de pagamentos (recibo de pagamento em dinheiro contabilizado no livro-caixa identificando o associado inscrito; comprovante de depósito bancário ou equivalente em conta corrente identificando o associado inscrito; relatório do sistema ‘pagseguro’ com o comprovante de identificação da inscrição e do nome do associado inscrito) de forma que reste viabilizado a aferição da data em que as inscrições foram efetivadas, dando a devida publicidade para que reste disponibilizado a todos os interessados, essa documentação, antes da apuração dos votos.

Aguarde-se o próximo round.

Estudante é abordada com faca na hora da chuva


Estudante de Administração na faixa dos 20 anos conta ao Espaço Aberto que enfrentou momentos de horror, na tarde desta quarta-feira (29), quando acabava de saltar de um ônibus e esperava a chuva passar, na avenida Governador José Malcher, entre a travessa 14 de Março e a avenida Generalíssimo Deodoro, às proximidades do Colégio Sophos.
Um rapaz, com a aparência de estar bêbado ou drogado, encostou-lhe uma faca nas costas e exigiu-lhe tudo - celular, dinheiro, o que ela tivesse.
Estavam só a moça e o assaltante no local?
Claro que não.
Estavam dezenas de pessoas, que nada fizeram, à exceção de um homem de porte avantajado, que interveio e, ao que tudo indica, assustou o bandido, que acabou não consumando o assalto e, felizmente, nem molestando a vítima.
E os demais circunstantes?
Ficaram atônitos, igualzinho à assaltada.
Atônitos e amedrontados, apavorados e aturdidos, mas ao mesmo tempo indignados com a audácia com que assaltantes agem nas ruas de Belém.
Aliás, recentemente, o Espaço Aberto, na postagem Bandidos agem cada vez mais à solta durante temporais já alertou para o grande número de ocorrências em que bandidos estão se aproveitando para atacar as pessoas durante as chuvas que desabam em Belém.
Céus!

Na fachada de uma casa, a expressão do terror e da insegurança


Acreditem. Essa casa está situada na periferia de Belém. E o cartaz afixado em sua fachada dispensa maiores comentários sobre o nível de violência que assola, todo dia, o dia todo, moradores que já não sabem mais o que fazer, diante do desamparo, da desproteção e da sujeição ao banditismo.
E acreditem mais: se os moradores das áreas mais centrais - ou "nobres" - da cidade apusessem cartazes como esse em frente às suas residências, fariam bem. Muito bem. Porque a violência, repita-se, é disseminada.

Um olhar pela lente




O que ele disse


quarta-feira, 29 de março de 2017

Temer treme. Treme, Temer.


Então é assim.
Muita gente aí estava duvidando que o ministro do TSE Herman Benjamin, relator da ação que pode cassar a chapa Dilma-Temer, estivesse mesmo disposto a levar essa parada aos finalmentes.
Enganou-se quem pensava assim. Felizmente, enganou-se.
Benjamin já está, sim senhor, nos finalmentes naquilo que lhe compete: coletar provas, ouvir as partes, instruir bem o processo e apresentar seu voto.
O relatório, segundo se diz, está saindo do forno. E o ministro deverá pedir pauta para que o caso comece a ser julgado no início de maio.
Temer treme com isso. E como treme.
Porque, de tudo o que já brotou das oitivas feitas pelo ministro e forma como as tem direcionado, é de se admitir como concreta - pra não dizer concretíssima - a possibilidade de Benjamin votar pela cassação da chapa inteira, ou dos mandatos de Dilma e Temer, rechaçando, assim, a tese da defesa do atual presidente, de que o dinheiro criminoso que irrigou as contas da campanha de Dilma - entre os quais R$ 50 milhões decorrentes da compra de uma medida provisória - não teriam contaminado a situação de Temer como seu companheiro.
Agora, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Votar o ministro Herman Benjamin pela cassação da chapa inteirinha é uma coisa; acompanhar o plenário do TSE essa posição dele já é outra coisa, completamente diferente.

E bastante - mas bastante mesmo - improvável.

A banalidade da pequena transgressão. Eis o grande risco.


Espiem só.
O vídeo está bombando por aí. Já tem mais de 600 mil visualizações.
Aconteceu em Ananindeua e dispensa maiores comentários do Espaço Aberto.
Mas vale uma observação: é sobre a banalidade com que os abusos de autoridades são tratados neste Brasil de grandes e grandiosas transgressões.
O agente público, no caso o agente da Secretaria Municipal de Trânsito de Ananindeua (Demutran), não está minimamente preocupado em adotar a menor sutileza, a menor cautela, o mínimo disfarce para se mostrar o todo-poderoso.
Não.
Ele faz isso às escâncaras, despreocupadamente, acintosamente, afrontosamente, como se estivesse convicto de que poderá, reiteradamente, fazer a mesma coisa quantas vezes quiser que sempre sairá, como se diz, por cima.
Pois é.
Coibir e reprimir fortemente as pequenas transgressões, quaisquer que seja, talvez seja uma saída pedagógica para evitar que outras - grandes, enormes e monstruosas - sejam cometidas mais à frente.

O triunfo e a tragédia de Israel numa obra essencial


Com definir "Minha Terra Prometida - O Triunfo e a Tragédia de Israel" em uma só palavra?
Dizer que é fantástico é muito pouco, porque os livros que nos marcam sempre nos são fantásticos.
Talvez melhor seria defini-lo como um divisor de águas da vasta literatura que aborda o sionismo, o Estado de Israel e o conflito israelense-palestino. Já li livros bastantes sobre esses temas. Mas nenhum como "Minha Terra Prometida", que passa a ter lugar cativo e de destaque nas estantes do Espaço Aberto (veja na imagem).
Nas páginas que escreveu, o jornalista Ari Shavit, ele mesmo um israelense - ou sabra, como se diz dos que nascem em Israel -, faz um registro triunfal à aventura única que terá sido a criação de um Estado como Israel e, ao mesmo tempo, expõe uma condenação - duríssima, apaixonada e implacável - da desconexão entre os sonhos que inspiraram os sionistas a buscar um lar para um povo historicamente renegado no curso dos tempos e a realidade que levou Israel a cometer atrocidades inacreditáveis, tangendo como gado imprestável milhares de palestinos que ocupavam e ainda ocupam aquelas por tempos imemoriais.
"Israel é a única nação do Ocidente que mantém outro povo sob ocupação. Por outro lado, é a única nação do Ocidente cuja existência está ameaçada. Intimidação e ocupação se tornaram os dois pilares de nossa condição", escreve Shavit.
Pacifista convicto, ele não se atém a lugares-comuns e nem usa de escapismos sobre as encruzilhadas - moral, política, geográfica e estratégica - em que o Estado judeu se encontra desde a sua fundação. E nem usa de meias palavras para minimizar o estarrecimento diante de violências institucionalizadas.
Sobre sua experiência quando serviu como carcereiro no Campo de Detenção do Litoral de Gaza, ele conta: "A uns oitenta metros do refeitório em que tento comer, há pessoas gritando. E gritam porque outras pessoas, trajadas com uniforme igual ao meu, as fazem gritar. Gritam porque o meu Estado judeu as faz gritar. De uma forma metódica, ordeira e absolutamente legal, minha amada Israel democrática as faz gritar".
Em outro trecho, diz Shavit: "Assim, o que realmente temos nesta terra é uma contínua aventura. Uma odisseia. O Estado judeu não se assemelha a nenhuma outra nação. O que esta nação tem a oferecer não é segurança, bem-estar ou paz de espírito. O que esta nação tem a oferecer é a intensidade da vida no limite. A descarga de adrenalina de viver perigosamente, viver voluptuosamente, viver ao extremo. Se um vulcão como o Vesúvio entrasse em erupção hoje à noite e acabasse com nossa Pompeia, é isto o que petrificaria: gente cheia de vida".
"Minha Terra Prometida" é uma grande reportagem. Que trata de gentes, de horrores, de triunfos e fracassos, de êxitos e tragédias, de conflitos, de medos no presente e hesitações sobre o futuro, de prosperidade econômica e de misérias.
"Minha Terra Prometida" é o Estado Israel por inteiro, desnudado inteiramente em sua curta, mas complexa história.

Enfim, a seleção brasileira se parece com ela mesma




Está bom ou vocês querem mais?
O pessoal aqui da redação do blog quer mais.
Porque, há muito tempo, a seleção brasileira não se parecia mais com a seleção brasileira.

O que ele disse

terça-feira, 28 de março de 2017

Redes sociais viraram um escoadouros de maluquices


É como alguém já disse por aí - mais ou menos assim: o mundo ficou melhor por causa da internet, e o mundo ficou pior por causa da internet.
Troque internet por redes sociais e dá na mesma.
O pessoal aqui da redação está cada vez mais impressionado com a quantidade - avassaladora, torrencial, tsunâmica - de notícias falsas que circulam por essas redes sociais onde vicejam a irresponsabilidade e a nenhuma disposição de rejeitar spams que não têm pé nem cabeça, mas mesmo assim são replicados à farta por usuários que não se dão o menor trabalho em ler o que receber e avaliar se aquilo tem alguma lógica ou não.
Grupos de WhatsApp, por exemplo, transformaram-se em escoadouros de imundícies e maluquices sem fim, que chegam aos borbotões e são replicadas da mesma forma.
Quando este repórter externa alguma estupefação - e muitas vezes irritação - com essa incontinência verbal marcada por mentiras e doidices de toda espécie, ouve sempre a seguinte objeção: "Mas é que ninguém é jornalista pra ficar checando se as informações são verdadeiras ou falsas".
Alto lá, meus caros: você deve checar o que recebe justamente porque você não é jornalista.
Se jornalista, quem em tese dispõe de mais elementos para verificar mais facilmente o que é falso ou não, tem obrigação de checar informações que recebe, muito mais obrigação tem que não é jornalista, porque sujeito a ser vítima de enganações.
Porque se você aí, que não é jornalista, receber uma informação em corrente, dizendo que em duas horas todas as pessoas de uma cidade qualquer precisarão bater em retirada, porque a água consumida vai ser envenenada, você vai pegar suas trouxas e bater em retirada - sem rumo, sem lenço e sem documento?
Não se acredita.
E enganações acontecem a toda hora e são inacreditáveis.
Um dos zaps que sempre recebo nesses grupos, dia sim, outro também, é de uma tal entrevista coletiva que todos os ministros da Dilma dariam à Globo.
O governo Dilma já acabou faz tempo. Mas continuam mandando o zap - uma maluquice sem fim.
Outra corrente são das assinaturas em petições virtuais as mais esdrúxulas.
E fora as trilhões de mensagem caluniosas e infamantes sobre personagens - conhecidos ou não - que acabam tendo sua honra maculada por aí.
Pois é isso mesmo: o mundo ficou melhor por causa da internet, e o mundo ficou pior por causa da internet.

Josué Teixeira está certo. Sérgio Dias, errado.


Mas que coisa, hein, gente?
Coleguinhas há - e ainda bem que são poucos - apoiando o posicionamento do diretor de Futebol (agora licenciado) do Remo, Sérgio Dias, porque defendeu que, entre o atacante Edgar, que chegou bêbado à concentração e armou um quebra-pau um dia antes do Re-Pa, e o treinador Josué Teixeira, que pediu a dispensa do jogador, preferiria ficar com o jogador.
Parem com isso, meus caros.
Parem com isso.
O treinador está absolutamente correto, e o dirigente, absolutamente equivocado.
Se o treinador, que comanda o elenco, admitisse uma indisciplina dessa, perderia o comando e daria margem a que outros jogadores fizessem a mesma coisa.
O Remo encontrou, digamos assim, uma meia solução: o atleta permanecerá no clube, sob a condição de submeter-se, primeiro, a uma avaliação psiquiátrica e, posteriormente, a um tratamento para superar o alcoolismo.
Perfeito.
Aí estão contemplados, à primeira vista, o viés humano da situação - ajudar uma pessoa que precisa se livrar de uma dependência que é danosa a ela mesma à coletividade - e o aspecto profissional, impedir que o cara retorne ao trabalho até que esteja curado ou então em processo de cura da dependência que o acomete.
É mais ou menos isso.

Vamos parar de compartilhar notícias falsas?


Lembra quando seus antepassados da era anterior à internet/redes sociais compravam jornais nas bancas, diziam que gostavam do cheiro do papel impresso e liam com prazer evidente as notícias ali estampadas? Lembra quando as pessoas diziam “eu li no jornal X” como se isso recobrisse a notícia com um selo de credibilidade ou algo parecido?
Pois hoje isso parece algo longínquo demais, hoje o que torna uma notícia válida é sua capacidade de ser compartilhada o maior número possível de vezes. Hoje é preciso somente que uma “notícia” renda muitos cliques, acessos e compartilhamentos e só.
Se é verdade ou mentira o que a tal “notícia” agrega, se sua elaboração foi feita de forma cuidadosa (este aspecto antes primordial) isto parece ter perdido toda a importância.
E é bom que você saiba: tem muita gente lucrando com sites que publicam “notícias”, quer dizer, mentiras, como se fossem “verdades”. Talvez você pense, com certa razão: mas que problema há nisso se a imprensa dita séria publica tantas notícias que se revelam ou se revelaram inverdades? Sim, mas tais notícias se foram produzidas por veículos de imprensa que prezam a informação apurada com rigor, poderão ser questionadas por quem quer que seja, e nesse processo, ficarão evidentes aspectos que ainda fazem o jornalismo valer a pena. Em outras palavras: quando uma notícia pode ser questionada, quando o jornalista que a produziu pode defendê-la e tem argumentos para tal, é sinal de que apurou, pesquisou e agiu de forma profissional.
Outra coisa é o fato de que jornais sérios ou veículos de comunicação sérios não agem de forma leviana. Não, eu não nasci ontem e sei muito bem que jornais ditos sérios também podem agir de forma leviana e/ou manipuladora, mas ainda assim, espera-se (esperamos) que, até certo ponto, o que está noticiado ali, nas folhas, estadões e diários da vida, tenha sido escrito por gente que se preocupa com a informação que entrega ao leitor.
Um próspero mercado
Mas o discurso acima, que pode parecer dramático demais ou piegas e antiquado, não interessa em nada aos donos dos tais sites que prosperam inventando mentiras, boatos, inverdades e outras “notícias” que muitos de nós já compartilhamos.
Sim, você e eu já devemos ter (em algum momento das recentes e acaloradas discussões politicas, por exemplo) compartilhado matérias dos tais sites* e saiba que este nosso compartilhamento contribuiu para que os donos deles enriquecessem mais um pouquinho.
Recentemente o jornal Folha de S.Paulo fez uma matéria muito necessária sobre estes sites e a mim pareceu terrível (embora nada mais pareça mais tão terrível assim) constatar o quanto é natural e simples e aceitável e normal, este lucrativo mercado de notícias falsas. O quanto o que interessa é somente (e tão somente e unicamente e exclusivamente) que este processo seja lucrativo e só.
Ora, é claro que ninguém abre negócios para vê-los falidos, mas entenda: neste caso, não existe nenhuma preocupação com a construção da notícia, qualquer “coisa” pode se tornar digna de cliques se no centro dela tiver algo digno de cliques e este algo pode ser uma pessoa famosa, um acontecimento que tenha apelo popular (uma morte, um espetáculo, muitas mortes espetaculares, uma subcelebridade ou uma celebridade etc.).
Comida estragada  notícia deturpada
Tudo isto pode parecer bem confuso porque afinal, os jornais “de verdade” também podem produzir boatos ou divulgar informações inverídicas, como mencionei acima, certo? Então, talvez seja melhor pensarmos assim: você come qualquer porcaria em qualquer lugar? Ou: você acha normal saber que tem gente que revira lixo em busca de comida? Eu nunca acharei isto normal como também não acho normal que exista tanta informação falsa circulando na internet como se fosse verdadeira. Mas o que uma coisa tem a ver com outra? É que para mim as notícias que se inventam ao sabor do número de cliques são exatamente como o lixo que nós geramos (e que antes foi comida fresca e saborosa, ou seja, de verdade) e que, horrivelmente, será vasculhado por pessoas que são como nós, humanamente falando, mas reviram o lixo porque não têm dinheiro para comprar comida que preste.
Ouso pensar até que talvez a internet tenha virado apenas isto para quem a vê como uma fábrica de cliques: uma forma de se lucrar com esta grandiosa máquina que produz informação de forma instantânea e veloz. Só que ao final do processo de fabricação de informações, todo o “lixo” existente ali, ou seja, todos os restos das notícias verdadeiras e apuradas que circularam intensamente, já foi compilado (reciclado?) por estes “inventores” de notícias que garimpam uma frase aqui, outra ali e vão montado suas notícias falsas como se construíssem zumbis ou coisas que me lembram “frankensteins”: na verdade, as tais “notícias” não passam de montagens de palavras ditas em outros contextos ou sequer faladas em contexto algum. Mas isso, como já se sabe, não importa, e sim que as invenções saídas destas imaginações assustadoramente férteis angariem mais e mais cliques!
A morte do jornalismo?
E o que se segue depois é que as tais invenções criadas, as tais aberrações espalhafatosas (como aquela que circulou há pouco e dizia que dona Marisa Letícia estaria bem viva, lá na Itália) chamam a atenção de pessoas ingenuamente curiosas (como somos todos nós em certos momentos) e elas clicam, compartilham e daí a “notícia” se espalha de forma absurdamente rápida!
Diante disso, não custa nada ficarmos mais atentos antes de clicarmos e compartilharmos o que temos lido aqui e ali na web. Perceba agora a analogia, rasa admito, entre a “comida” (notícia apurada e fresca) e o lixo (notícia fabricada/reciclada/inventada): enquanto veículos sérios realmente produzem notícias e serão capazes de responder por elas, se questionados, como já dito antes, os tais sites que vivem de regurgitar o que sobrou das notícias velhas, requentadas ou estragadas deliberadamente ganham dinheiro com o que iria para o lixo, mas o problema é que vendem este lixo como se fosse algo novo, fresco e digno de se “saborear”.
Sei o quanto minha “tese” pode parecer louca ou ridícula mas pare para pensar e não perca seu valioso e cada vez mais escasso tempo compartilhando lixos noticiosos. Lembre-se que, apesar dos pesares (da manipulação midiática, sobretudo, que muito contribuiu para esse cenário, que esvaziou o jornalismo do sentido e do valor que ele deveria preservar), o bom jornalismo é um dos pilares da democracia. Países com democracias sólidas e respeitáveis se importam tanto com a educação quanto com o trabalho de uma imprensa verdadeiramente comprometida com valores que hoje nos fazem tanta falta (a nós, brasileiros, e ao mundo todo, enfim).
Para terminar: o Brasil oferece um cenário bastante atraente para que os tais sites fabricantes de notícias falsas prosperem, pois nossa suposta democracia está se fragmentando a olhos vistos, como sabemos. Nem bem floresceu e já decaiu…
No meio disso tudo, desse verdadeiro caos oficializado, somente uma imprensa atenta pode, ao menos, tentar iluminar os cantos obscuros que vão se revelando entre as sombras dessa fase tenebrosa que vamos (lentamente) atravessando.
Agora imagine que no meio dessa vagarosa e caótica travessia surgissem pessoas que agissem de forma leviana, chantagista, abertamente manipuladora e que ainda (!!) se gabassem de agir dessa forma e que se aproveitassem da situação para lucrar. Pois penso que estes são como aqueles comerciantes que aumentam o preço da água, de forma abusiva, em época de racionamento.
Lembre-se: notícia bem apurada também é item de primeira necessidade, agora, lixo – de qualquer natureza, seja “orgânico” ou noticioso – deve ir para o lixo e ponto.
*Estes são, segundo a Folha, alguns dos sites que “fabricam” notícias: Pensa Brasil; Brasil Verde e Amarelo; Jornal do País; Diário do Brasil; Folha Digital; Juntos pelo Brasil; Jornal do País; Você precisa saber, entre outros.
***
Ana Claudia Vargas é jornalista

Um olhar pela lente

Uma publicação compartilhada por Blog Espaço Aberto (@blogdoespacoaberto) em

O que ele disse


quarta-feira, 22 de março de 2017

Processo não cria embaraços à OAB, diz Alberto Campos

O presidente da OAB-PA, Alberto Campos, respondeu sucintamente ao blog, nesta terça-feira, à indagação sobre se o processo ético-disciplinar instaurado contra o tesoureiro da entidade, Robério D'Oliveira, não criará embaraços de ordem administrativa à Ordem.
Robério, ressaltou o presidente, vai "responder ao processo como qualquer outro advogado, independentemente da sua função na OAB.
Quanto à possibilidade de a medida instaurada contra o tesoureiro selar de vez - ou quase isso - a cisão de entre os que apoiam Alberto Campos e o grupo que segue a liderança do presidente que o antecedeu, diz o presidente: "Quem se autointitulou oposição à atual gestão da OAB foi o próprio Jarbas [Vasconcelos] na sessão do Conselho Seccional realizada dia 25 de outubro de 2016.
E nada mais disse e nem lhe foi perguntado.

Blogueiro é obrigado a revelar sua fonte. Pode, Moro?

Preocupante, hein?
Muitíssimo preocupante.
Sérgio Moro, o juiz federal que conduz os processos da Lava Jato que tramitam na Seção Judiciária de Curitiba, mandou que o blogueiro Eduardo Guimarães (na foto) fosse levado coercitivamente à Polícia Federal para revelar quem passa informações publicadas em seu blog.
Moro determinou ainda “a apreensão de quaisquer documentos, mídias, HDs, laptops, pen drives, arquivos eletrônicos de qualquer espécie, arquivos eletrônicos pertencentes aos sistemas e endereços eletrônicos utilizados pelos investigados, agendas manuscritas ou eletrônicas, aparelhos celulares, bem como outras provas encontradas  relacionadas aos crimes de violação de sigilo funcional e obstrução à investigação policial”.
Por que essa parada toda?
Porque o juiz quer descobriu qual a fonte que informou Guimarães que o Instituto Lula seria alvo de busca e apreensão e que o ex-presidente Lula seria alvo de condução coercitiva. Na época, o Ministério Público Federal disse que investigaria o “vazamento da informação”.´
E o sigilo da fonte, como é que fica, doutor?
Moro explicou que Guimarães não tem direito ao sigilo da fonte por não ser jornalista, ser blogueiro. Mas dispositivo da Constituição Federal - o inciso XIV do artigo 5º - prevê que "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
Essa questão, inclusive, já foi objeto de julgamento do Supremo Tribunal Federal na ADPF 130, quando foi decidido que a Lei de Imprensa, de 1967, não fora recepcionada pela Constituição Federal de 1988 por ser uma barreira à liberdade de expressão. Naquele julgamento, o Supremo definiu que o sigilo da fonte é prerrogativa constitucional qualificada como garantia institucional da própria liberdade de expressão, segundo disse o ministro Celso de Mello, em seu voto (veja a íntegra).

E agora?

ZapZap já conta com 11 milhões de usuários

Já sabem?
O ZapZap - assim mesmo, ZapZap -, versão brasileiríssima do WhatsApp, já conta com nada menos de 11 milhões de usuários.
Não é nada, não é nada, é muita coisa.
O aplicativo, totalmente desenvolvido por brasileiros, oferece inovações que o rival não tem, como chats abertos, similares aos bate-papos dos anos 90, além da possibilidade de ganhar dinheiro com a produção de conteúdo e através do programa de afiliados.

Já está disponível para Android, iOS e também roda na web e, por causa da grande versatilidade que oferece, caiu no gosto do público. "Alcançamos a marca de 11 milhões de usuários", conta o fundador do programa.

terça-feira, 21 de março de 2017

Presidente da OAB-PA abre processo ético contra tesoureiro da entidade

O clima na OAB do Pará não está lá, digamos assim, para muitas flores. E nem para poucas.
Está mais para guerra civil, como já comparou um advogado ao Espaço Aberto.
Espiem aí embaixo.
Portaria com data desta segunda-feira, assinada pelo presidente da Ordem, Alberto Campos, não apenas revogou portaria do diretor-tesoureiro da entidade, Roberto D'Oliveira, como ainda determinou a instauração de processo ético-disciplinar contra ele.



NET priva clientes de internet, telefone e TV a cabo


Clientes da NET, entre os quais este repórter, estudam a possibilidade de representar contra a empresa ao Ministério Público. Desde o domingo à noite até esta segunda-feira, no fim da tarde, a NET deixou seus usuários do bairro de Nazaré sem telefone, sinal de internet e TV a cabo.
Mas não é só por causa disso, não. É que a NET, há vários meses, priva seus assinantes de sinal da internet em vários períodos do dia, sobretudo à noite, diariamente. Por várias vezes, o sinal cai e depois volta. Presume-se que a empresa, como não tem capacidade de atender à grande demanda nesses horários, "picota" seu sinal, atendendo a cada região alternadamente.
Isso, repete o Espaço Aberto, é apenas uma suposição, que ficaria sujeita a investigações como a que o MPF poderá fazer, quando receber a representação.
Mas uma coisa é certa: empresa pior que a NET não existe.
Empresa que trata seus clientes com mais desrespeito do que a NET, também não.

E quem fala em nome de crianças que ingeriam carne contaminada?



A parada é a seguinte, meus caros.
Generalizações são sempre perigosas - porque enganosas e com um potencial enorme de macular a imagem e a honra de quem não tem nada a ver com o peixe que se tenta vender.
Na essência, produtores têm razão quando apontam os prejuízos de generalizações para o segmento que produz e comercial carnes.
Mas há divergências que a Polícia Federal tenha cometido esse deslize no caso da Operação Carne Fraca.
Por quê?
Porque a PF nominou, um por um, todos os frigoríficos investigados. E o fez às claras.
Não seria pior se a PF tivesse dito apenas que frigoríficos nacionais, genericamente, estavam incorrendo em fraudes e ilícitos pavorosos referentes ao controle de qualidade dos produtos que comercializam?
E tem mais.
Ninguém, em são consciência, quer a inviabilização do setor que exploração a produção e comercialização de carne. Ninguém quer inviabilizar os milhões de empregos que esse setor tem gerado.
Mas, e as crianças que ingeriram ácido ascórbico - um produto com potencial cancerígeno - nos produtos da merenda escolar?

Quem fala em nome delas?

segunda-feira, 20 de março de 2017

A melhor carne do Brasil é a do Uruguai. Temer garante.


Só pode ser saca.
Mas não é, não.
É sério mesmo.
Mirem-se no exemplo de Michel Temer e comam carne com segurança. A melhor carne que Temer come é a brasileira - do Uruguai, da Argentina ou da Austrália.
Na noite deste domingo, Temer convidou pra jantar com ele, numa churrascaria de Brasília (na foto do "Estadão"), embaixadores de países que importam a carne brasileira.
Pra quê?
Pra mostrar que a carne brasileira não tem papelão, nem ácido ascórbico, nem outras podridões descobertas na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Muito bem.
Mas os cortes bovinos do restaurante que Temer escolheu são todos importados de Argentina, Uruguai e Austrália, segundo matéria do Estadão.
Quem é o marqueteiro de Michel Temer, hein, gente?
Ele já merece o prêmio do ano: é um exímio defensor de seu chefe, livrando-o de ter um pirrique - ou coisa pior - por ingerir carne brasileira. E ainda nos provoca frouxos de riso, diante da constatação de que a melhor carne brasileira é a do Uruguai, da Argentina ou da Austrália.
Grande Temer!

E essa gente de alma pura, o que vai fazer agora?

Quando ela vai desistir?

E ele, quando desistirá?

Moro agradece pelo apoio à Lava Jato



O juiz federal Sérgio Moro manifestou-se sobre o primeiro ano que completou no ar a página administrada pela mulher dele no Facebook.
Até ontem, a alocução já havia cravado mais de 1 milhão de visualizações.
Veja.

sábado, 18 de março de 2017

Churrascaria aprovada. Mas será que tinha papelão na carne?


O repórter esteve há pouco na Churrascaria Boi Novo, em São Brás.
Bem boa. Atendimento de primeira, apesar de o espaço comportar, no mínimo, 300 pessoas.
Mas o repórter só não sabe comeu carne com papelão. Essa é a única dúvida que ficou.
Mas olhem, se tinha papelão na carne, era um papelão de primeira. Porque a carne estava uma "dilícia".

sexta-feira, 17 de março de 2017

Não precisamos de generais para combater a corrupção


O vídeo está viralizando por aí.
Cliquem na imagem para assistir.
As imagens que ele mostra remontam a novembro de 2016, quando uns inconsequentes - pra dizer o mínimo - invadiram o plenário do Congresso para exigir a higienização da vida pública brasileira.
Bacana?
Sim, bacana.
Não queremos e não podemos tolerar corrupção de qualquer espécie - seja de quem for e de que partido for.
Porque ladrões de dinheiro público não têm partido, nem ideologia, nem nada. São simplesmente ladrões.
Mas vejam que, logo no início do vídeo, a cidadã diz que "estamos pedindo a presença de um general aqui, senhores".
Hehe.
Ela está de brinca. Ela e quantos achem que a instauração de um regime militar é garantia de assepsia - moral, ética, seja o que for.
Não é.
A democracia e o Estado de Direito dispõem de mecanismos suficientes e eficazes para combater a corrupção. A Lava Jato está aí mesmo e não nos deixa mentir.
Ditadura não.
Democracia e liberdade sempre.
Não precisamos de generais pra combater a corrupção.
Não mesmo.

Abraji e Transparência lançam o site "Achados e Perdidos"


A Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e a Transparência Brasil lançaram o site Achados e Pedidos, maior banco online de pedidos de acesso a informações e respostas de órgãos públicos do país. A apresentação do site acontecerá durante o seminário gratuito "Acesso à Informação e Controle Social", no auditório da FGV Direito SP (R. Rocha, 233 - São Paulo - SP).
Após o lançamento, jornalistas experientes no uso de informações públicas se reuniram em uma mesa-redonda para debater as principais dificuldades para obter dados públicos e o quanto vale a pena enfrentá-las:
Philip Eil (freelancer, EUA) venceu em 2015 uma batalha judicial contra a agência de combate às drogas norte-americana em busca dos documentos de um processo contra um médico condenado por tráfico de medicamentos controlados. Após a eleição de Donald Trump, sugere que os colegas e os cidadãos tornem sua administração a mais demandada via lei de acesso.
Rubens Valente (Folha de S.Paulo; a confirmar) é um dos repórteres que mais usa a LAI para apurações, especialmente na esfera federal.
Leo Arcoverde (Fiquem Sabendo) dedica-se exclusivamente a obter dados dos poderes públicos paulistas e paulistanos por meio de pedidos de acesso a informações e transformá-los em reportagens.

Achados e Pedidos
O grande diferencial do site Achados e Pedidos é permitir a realização de buscas em dados que tenham sido obtidos por meio de solicitações feitas via Lei de Acesso a Informações. Assim, o usuário poderá encontrar uma informação específica dentro de um conjunto de dados públicos obtido via transparência passiva.
O site, cujo desenvolvimento foi financiado pela Fundação Ford, contará com a participação dos próprios usuários para aumentar sua base de informações. Depois de fazer um cadastro simples e gratuito, qualquer pessoa poderá enviar o pedido que fez e o resultado que obteve, caso tenha sido respondido.
Nesta etapa inicial, o Achados e Pedidos reúne solicitações e respostas dos Executivos federal, estadual de São Paulo e municipal de São Paulo; TCU, TJ de Santa Catarina, TJ do Mato Grosso e Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Também apresenta dados compilados por parceiros: Ação Educativa; Aos Fatos; Lupa; E aí, vereador?; Artigo 19; Fiquem Sabendo; Livre.jor; Open Knowledge Brasil; Instituto Sou da Paz.

As informações na base de dados do Achados e Pedidos comporão ainda uma visão geral do funcionamento da Lei de Acesso a Informações no país: quais órgãos públicos respondem, quais não respondem, comparações regionais etc. O site já inicia suas atividades com 23.471 pedidos cadastrados.

Governo Temer poderia nem ter começado. Poderia.


Da leitora Mirika Bemerguy sobre a postagem E o governo Temer, quando vai acabar?:

Governo ilegítimo e sem a menor credibilidade desde seu início, no momento em que começaram a montar o golpe todos já sabíamos da corrupção e sujeira que os mesmos queriam esconder! Um bando de corruptos velhos ou velhos corruptos que por décadas vêm saqueando os cofres públicos. Se tivesse Justiça séria, esse governo Temer nem tinha começado.

É a avenida Presidente Vargas. Parece até mentira!

Uma publicação compartilhada por Nostalgia Belém (@nostalgiabelem) em


Espiem só.
Está no perfil do Nostalgia Belém no Instagram.
Parece mentira que, em 1976, a avenida Presidente Vargas era assim - limpa, sem a desordem e a bagunça que hoje imperam por lá.
Parece mentira.

O que ele disse


"Estamos na guerra e, se morrer na guerra, acontece, faz parte".

Romero Jucá, senador (PMDB-RO), líder de todos os governos a qualquer tempo, multi-investigado na Lava Jato e, parece, conformado em morrer na guerra.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Bandidos agem cada vez mais à solta durante temporais


Alastra-se na Grande Belém uma prática que sempre foi comum, mas que agora amplia-se de forma assustadora: assaltos a pessoas que descem de ônibus durante os temporais que têm caído.
Leitores aqui do Espaço Aberto narram casos em que bandidos esperam nos pontos, digamos assim, em que mais podem bamburrar.
E as vítimas, coitadas, se já não veem puliças quando não está chovendo, imaginem então quando está desabando um toró daqueles que todos conhecemos bem.

Geert Wilders em segundo. Mas ele ainda é uma ameaça.


Meno male.
O liberal Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VDD), do primeiro-ministro Mark Rutte, obteve 33 cadeiras nas eleições gerais da Holanda, realizadas nessa quarta-feira.
Com 97% dos votos apurados, a sigla se manteve como a mais votada, mas saiu com um saldo de oito cadeiras a menos do que na composição anterior do Parlamento, que conta com 150 ocupantes.
Mas há um motivo de preocupação: o ultradireitista Geert Wilders (esse cidadão aí na foto) ficou na segunda posição, com vinte deputados.
Wilders é uma espécie de Marine Le Pen de ceroulas.
Um de seus projetos é fechar todas as mesquitas da Holanda. Simplesmente fechá-las.
Por enquanto, o mundo fica imune a estorvos como esse.
Mas não tão imune assim.