terça-feira, 29 de agosto de 2017

Chacina, massacre, matança. Isso é o caso Pau D'Arco.

Jeannot Jansen, secretário de Segurança: operação "desastrosa" (foto de Carlos Sodré/Agência Pará)
Laudo de reprodução simulada do caso das mortes ocorridas no município de Pau D'Arco, divulgado na tarde desta segunda-feira (28), pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), confirma o maior segredo de Polichinelo dos últimos tempos: o de que houve mesmo uma chacina, um massacre, uma matança em maio deste ano, na fazenda Santa Lúcia.
Os autores? Policiais civis e militares, participantes de uma ação destrambelhada - e por que não punitiva e assassina? - que resultou nesse caso escabroso. O próprio secretário de Segurança, Jeannot Jansen, classificou o operação de "desastrosa". Se ele diz isso, o que não diremos nós?
O laudo, segundo a Segup, envolveu mais de 100 profissionais, e concluiu que a morte de 10 posseiros teria ocorrido entre seis e sete horas da manhã, quando policiais chegaram à fazenda para cumprir 14 mandados de prisão contra um grupo de pessoas que ali estavam acampados.
Os posseiros teriam escutado a movimentação de chegada dos policiais e empreenderam fuga para o interior da fazenda. Os policiais, sob o comando do delegado de Conflitos Agrários, Valdivino Miranda, foram divididos em grupos a fim de localizá-los, de posse dos mandados de prisão.
O grupo comandado pelo tenente-coronel Carlos Kened Gonçalves de Souza, do 7º Batalhão de Policia Militar, sediado em Redenção, composto pelo tenente Rômulo Neves de Azevedo, tenente Cristiano Fernando da Silva, cabo Wellington da Silva Lira e pelos soldados Jonatas Pereira e Silva e Rodrigo Matias de Souza seguiu a pé para o interior da fazenda. Os demais grupos saíram em diferentes direções a fim de cobrir todo o quadrante da propriedade.
Dois posseiros haviam saído do acampamento e ido em direção à sede da fazenda quando viram que a Policia se aproximava. Alertados por eles, o restante do grupo pegou seus pertences e empreendeu fuga para uma área de mata mais densa dentro da propriedade. Os policiais seguiram os rastros dos posseiros até que os encontraram abrigados sob uma lona, para se proteger da chuva que caía naquela ocasião.
"Toda a ação policial acarretou na morte das 10 vítimas. Cinco delas foram atingidas por uma arma que não foi entregue aos policiais. Para chegar a essa conclusão, os peritos utilizaram os exames de simulação e os posteriores confrontos entre as versões e depoimentos apresentados como prova material do caso", diz trecho de matéria distribuída pela Agência Pará.
Aguarde-se, agora, a punição dos assassinos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero ver o que vai dizer o deputado delegado que chamou de "heróis" os puliças que fizeram a chacina sem nenhum arranhão para dizer que foi revide.
E agora?